Seis meses após a declaração oficial do Brasil como livre da Doença de Newcastle em aves comerciais, o setor avícola do Rio Grande do Sul ainda enfrenta restrições em mercados estratégicos, como China e Chile. A persistência desses embargos compromete as exportações e agrava os impactos da crise climática vivida pelo estado em 2024.
Em ofício enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária e à Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, a Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs) solicitou medidas mais enérgicas para reverter as restrições comerciais. “Enquanto vários mercados já reconheceram o restabelecimento do status sanitário do Brasil, outros ainda mantêm barreiras injustificadas”, destacou José Eduardo dos Santos, presidente executivo da entidade.
Os embargos prolongados prejudicam a cadeia produtiva, especialmente pequenos e médios produtores, que já enfrentam dificuldades financeiras. Apesar do rápido trabalho de monitoramento e contenção realizado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) e pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), questões internas desses países têm impedido a retomada das exportações gaúchas.

A ASGAV reforça a necessidade de intensificar o diálogo diplomático para resolver a questão, garantindo o acesso pleno do setor avícola aos mercados internacionais. Enquanto aguardam avanços, os produtores seguem comprometidos com a segurança sanitária e a qualidade da produção, fatores essenciais para a competitividade global do Brasil no segmento.
Fonte: Asgav, adaptado pela equipe FeedFood.
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