A fim de manter a segurança alimentar dentro e fora do País, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou um material de caráter preventivo: o livro “Diálogos para a prevenção da peste suína africana”. O produto foi organizado pela Comissão de Educação Sanitária (CES) e vinculada à Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP), é composto por medidas rigorosas de controle nas fronteiras, incluindo a fiscalização em aeroportos internacionais.
A doença contagiosa, que devastou rebanhos na China e em outros países asiáticos, também alcançou a União Europeia. Por não ter cura, nem tratamento, quando diagnosticada exige o sacrifício de todos os animais contaminados. A mesma não chegou ao território nacional na última onda, mas casos foram confirmados no ano passado na República Dominicana e no Haiti.
Por todos os danos que a doença possa causar à suinocultura, o Ministério desenvolveu o material didático que inclui cartazes, mensagens de voz, infográficos, mensagens de texto e postagens para redes sociais.
De acordo com o MAPA, “a comissão de educação sanitária reúne médicos-veterinários, zootecnistas, engenheiros e jornalistas de instituições públicas e da iniciativa privada. O papel dessa comissão é estimular ações preventivas em torno da saúde única, um conceito que agrega a saúde animal, humana e ambiental com foco no desenvolvimento de políticas públicas que favoreçam o controle de enfermidades”.
O material também traz um histórico sobre PSA no mundo, e revela que o Brasil foi atingido pela doença entre os anos de 1978 e 1981. “O vírus foi introduzido por resíduos de alimentos de uma aeronave proveniente da região ibérica”, conta a auditora fiscal federal agropecuária e uma das autoras do livro, Juliana do Amaral Moreira Vaz. Ao todo, foram 224 focos no país, com 66.966 animais sacrificados e indenização de US$2,11 milhões. A declaração de país livre da doença só ocorreu em dezembro de 1984.
Para o professor da Universidade de São Paulo (USP), Luís Fernando Zuin, garantir a saúde única nos processos produtivos no campo será um dos elementos chave para a produção sustentável de um novo rural. “Este livro, com suas ações pedagógicas e materiais didáticos, vai ao encontro da concretização na prática pela busca diária deste novo rural. Com essa obra, buscamos prevenir a chegada da PSA no Brasil e nas suas propriedades rurais. É uma doença que tanto tememos por causa do seu enorme potencial de causar prejuízos financeiros e ambientais”, explica.
O chefe da Divisão de Sanidade dos Suídeos da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA, Guilherme Zaha Takeda, completa dizendo que “a peste suína africana ameaça a segurança alimentar de parcela da população que tem na criação de suínos uma alternativa de fonte alimentar e de renda”, para ele, o livre traz informações importantes para toda sociedade brasileiro e lembra que a carne suína é uma das mais consumidas em todo território nacional e também, no mundo.
O livre está disponível de forma gratuita, através do link, clicando aqui.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.
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