Ana Catarina Veloso, de casa
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Após algumas semanas do início do conflito entre Rússia e Ucrânia, alguns reflexos na economia mundial começaram a aparecer. Entre uma das principais preocupações, estão os aumentos atrelados aos insumos de suma importância ao agronegócio brasileiro.
Para discutir e esclarecer o atual cenário frente aos fertilizantes, personalidades como o doutor em agronomia pela Iowa State University, Heitor Cantarella, o doutor em Ciências da Educação, mestre em Arte e Cultura pela Universidade Mackenzie e coordenador do Núcleo de Estudos de Agronegócio da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo, José Luiz Tejon, o professor do curso de especialização do Programa SolloAgro, ESALQ/USP, e coordenador científico da iniciativa Nutrientes para a Vida, Valter Casarin e Carlos Heredia estiveram presentes na coletiva de imprensa “Caminhos para enfrentar a crise de fertilizantes”, no último dia 15.
Heitor Cantarella explicou que, devido a tantas notícias alarmantes, é fundamental que todos tenham calma no momento e que há “um mercado de fertilizantes estressado”. Heredia completou dizendo que esse movimento já vem acontecendo desde o início da pandemia de Covid-19 e que já haviam algumas medidas sendo estudadas para diminuir os impactos.
Cantarella também reforçou que todo fertilizante recebido pelo País é originário de diversos pontos do globo, montante dividido da seguinte forma: 20% de origem Russa e Ucraniana e os outros 80% dos demais países.
Para Valter Casarin, o Brasil está preparado e busca amenizar qualquer contratempo, além disso, o profissional reforçou que o governo brasileiro já estuda novas alternativas para o setor agropecuário. Casarin contou que “o agronegócio sustenta a economia do País” e por isso tem recebido bastante atenção.
Ainda segundo Cantarella, todas as medidas pensadas até o momento são para diminuir os impactos que podem vir a acontecer, e que, não é a primeira vez que o Brasil passa por um período de tensão. Para ele, essa crise ensina uma lição, não para eliminar a dependência do Brasil aos fertilizantes importados, mas diminuir.
Todos os participantes envolvidos na coletiva esclareceram que não é vantajoso o investimento para produção de fertilizantes dentro do País, considerando o atual cenário, tendo em vista que a atividade levantaria muito dinheiro e um gasto sem necessidade no momento.
Contudo, o Brasil tem, por hora, medidas para se blindar contra uma situação extrema, mas, de fato, o consumidor final sentirá o aumento nos produtos.