Patrocinado
MERCADO

Conteúdo

Relatório apresenta 39 propostas para combate à fome

feedfood

Envolvendo uma equipe multidisciplinar de 12 docentes e 14 pós-graduandos e pós-doutorandos da Universidade de São Paulo (USP), o Grupo de Trabalho “Políticas de Combate à Insegurança Alimentar e à Fome” elaborou um relatório com 39 propostas para auxiliar nesta desafio.

Os trabalhos foram coordenados pela professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Sílvia Helena Galvão de Miranda; e pelo professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Marcelo Cândido da Silva.

O relatório foi desenvolvido dentro de uma visão sistêmica da fome. Para dar base às propostas, os pesquisadores desenvolveram estudos empíricos ou reflexões críticas da literatura científica. 

O primeiro conjunto de propostas e recomendações possui um escopo mais amplo, seguido de um segundo conjunto, com propostas a partir dos três estudos de caso desenvolvidos nos municípios de São Paulo (capital), Piracicaba (interior) e Santos (litoral).

Cada uma das 39 propostas está acompanhada de sua respectiva justificativa. As propostas gerais envolvem estabelecer e reforçar políticas públicas abrangentes por meio de programas de renda mínima e de capacitação para melhorar a empregabilidade; além de priorizar como alvo as mulheres dos grupos mais vulneráveis.

O GT também determinou a importância de ampliar e atualizar o Cadastro Único, de forma a garantir que todos os brasileiros que necessitem tenham acesso aos programas sociais de transferência de renda; e fortalecer as ações de educação alimentar e nutricional para a população. 

A criação e capacitação de uma rede de gestores públicos municipais para a difusão de boas práticas na formulação, implementação e monitoramento das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) também entrou na lista; além da construção de plataformas on-line no âmbito municipal para a coordenação de organizações e iniciativas locais da sociedade civil para a mitigação da insegurança alimentar; entre outras.

O projeto também traz uma reflexão sobre o papel da inteligência artificial e da comunicação no planejamento, implementação e monitoramento e análise de impactos de políticas públicas.

Como ferramenta de auxílio à tomada de decisão, a equipe da USP apresenta ainda um Guia de análise da insegurança alimentar para gestores públicos. O objetivo é fornecer elementos para o desenho de políticas públicas, bem como um aparato conceitual para a análise e acompanhamento de programas relacionados direta ou indiretamente à mitigação da insegurança alimentar.

O grupo destaca que “não basta apontar os problemas na implementação das políticas públicas, é preciso identificar onde estão os gargalos”. Assim os pesquisadores salientam que, nesse momento, “a pesquisa científica tem papel fundamental, pois ao gerar e disponibilizar informações para a sociedade, cria-se um “corpo de vozes” qualificadas para monitorar e cobrar a atuação eficiente e sistemática do poder público.

Agora, a equipe terá o reforço de outras 15 universidades brasileiras e estrangeiras, bem como da Embrapa, que darão continuidade ao trabalho aprofundando vários dos pontos abordados no documento. 

O relatório pode ser acessado na íntegra clicando aqui

Fonte: Esalq, adaptado pela equipe Feed&Food.

LEIA TAMBÉM:

Projeto piloto visa conservação de grandes felinos e proteção de rebanhos bovinos

Produção sem antibióticos: o que extrair do exemplo europeu?

Caso de ‘vaca louca’ não afeta mercado de consumo

Patrocinado
Patrocinado