Camila Santos | camila@dc7comunica.com.br
O mercado de ovos comerciais no Brasil segue em queda pelo sexto mês consecutivo, com desvalorização nas principais regiões produtoras, como Bastos (SP) e Santa Maria de Jetibá (ES). Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que, até o dia 26 de setembro, os preços atingiram o menor patamar nominal desde janeiro de 2022.
A oferta elevada, aliada à demanda enfraquecida no mercado doméstico, tem contribuído para a baixa liquidez e o acúmulo de estoques, o que preocupa os agentes do setor. O calor excessivo em algumas regiões está impactando a qualidade e a vida útil dos ovos, forçando os produtores a realizarem negociações com descontos e promoções, pressionando ainda mais os valores.
Milho
Os preços do milho voltaram a subir em praticamente todas as regiões monitoradas pelo Cepea. O movimento de alta é impulsionado pela retração de vendedores, que estão priorizando as atividades de campo e armazenando a produção da segunda safra 2023/24, na expectativa de valorização futura. Com a oferta limitada no mercado spot, compradores enfrentam dificuldades para fechar negócios, e o ritmo das negociações segue lento.
Soja
Os preços da soja também voltaram a subir no mercado interno, impulsionados pelo aumento da demanda, especialmente das indústrias esmagadoras, e pela resistência dos produtores em negociar grandes volumes. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná fechou em R$ 138,81/saca de 60 kg na última quinta-feira, 26 de setembro, o maior valor nominal desde dezembro de 2023. A incerteza sobre as condições climáticas e as chuvas irregulares está influenciando a decisão dos agricultores sobre as vendas e o plantio da nova safra.
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