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Para Faesp, queda da Selic não traz grande impacto ao agro

Ponto positivo, diz Tirso Meirelles, é a sinalização de futuros cortes nos juros
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Com o anúncio do Banco Central (BC), na última quarta-feira (02), sobre a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual (que agora opera em 13,25%), chegou ao fim a “fase de aperto” iniciada em março de 2021. Desde agosto do ano passado, a taxa básica de juros era de 13,75% ao ano, e a expectativa, agora, é quanto ao ciclo de flexibilização da Selic que deve ser implementado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

O agronegócio é um setor que desempenha papel expressivo na economia nacional, e espera que os reajustes da nova política monetária ocorram rapidamente, considerando que a evolução dos aspectos econômicos e inflacionários no Brasil e no mundo, nos últimos meses, dão respaldo a um cenário menos restritivo.

Na avaliação do vice-presidente da Federação da Agricultura na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, a curto prazo, o impacto da queda de 0,5 ponto percentual da Selic para o agronegócio será muito modesto, já que a medida não terá resultado prático no custo do crédito. 

Banco Central (BC) anunciou na última quarta-feira (02) a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual (Foto: reprodução)

“O que fica de positivo é a sinalização do Copom para uma política de novos cortes na taxa básica de juros. Os dados de inflação mostram alívio, e a expectativa é de que continuem em queda, o que vai estimular os investimentos e o crescimento da economia nacional, na qual o agronegócio é protagonista”, afirma.

O vice-presidente da Faesp ainda pontua que a evolução de uma política fiscal mais sóbria para o País, a partir do arcabouço fiscal que ainda precisa ser implementado, é outro ponto que ditará o ritmo da decisão do Banco Central.

“Juros elevados impactam as expectativas e travam a economia atingindo de modo direto o agronegócio, que precisa de taxas menores para o financiamento da safra. A esperança é que esse seja o começo de um ciclo de corte de juros que tenha grandes reflexos para a diminuição dos custos de produção e operacionais do setor, o que, por consequência, vai resultar na queda dos preços dos alimentos ao consumidor”, reforçou.

Embora os recursos do Plano Safra 23/24 sejam crescentes, com linhas especiais e taxas menores, eles ainda são insuficientes para atender todos os produtores que têm de recorrer ao mercado financeiro.

“Com um corte mais profundo da Selic e uma política monetária mais calibrada, o acesso ao crédito é facilitado, pois os produtores rurais que buscarem crédito com taxas de juros livres poderão contratar operações com juros reais menores”, destacou Meirelles.

Para o executivo, a evolução do cenário econômico no Brasil e no mundo nos últimos meses dão respaldo à uma política monetária menos restritiva do que a atual Outro ponto importante, de acordo com ele, é que, independentemente da redução da Selic, a diferença percentual entre a taxa de juros cobrada pelos bancos nos empréstimos e a taxa de juros paga nos investimentos também precisa ser reajustada, pois, nos patamares atuais, aumenta exageradamente as dívidas contraídas pelos produtores para financiar as atividades agropecuárias.

Fonte: Faesp, adaptado pela equipe FeedFood.

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