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Mulheres no Agro representam 8% do PIB nacional

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Especialistas da AgroMulher analisam cenário e participação feminina

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), as mulheres que atuam na área são responsáveis pela gestão de, no mínimo, 30% do segmento. Tendo em vista que a área representa 25% do PIB, elas são responsáveis pela gestão de 8% desse número, em torno de US$ 165 bilhões.

Um outro estudo que também amplifica o papel da mulher no segmento agrônomo, foi realizado pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.  Com ele, foi levantado um aumento do número feminino, cerca de 8,3% e diante desse cenário, a participação da mulher na área cresceu de maneira consistente entre 2004 e 2015, passando de 24,11% para 27,97%. 

O grande aumento da participação feminina ocorreu na categoria de empregadas com carteira assinada, principalmente entre o período de 2009 e 2013, sinalizando uma mudança no setor. 

“Apesar da informalidade do setor, percebemos que a cada dia as mulheres buscam melhorar sua qualificação profissional, através de cursos, palestras e troca de informações com outras mulheres do setor. Em minhas palestras e consultorias pelo país, percebo uma preocupação muito maior pela busca de aprendizado e qualificação”, declara a fundadora da rede AgroMulher, engenheira agrônoma e Mestre em Fitopatologia, Vanessa Sabioni.

De acordo com a economista da AMG Capital e mentora de projetos econômicos da rede AgroMulher, Débora Tolero, o estudo apontou que o aumento da participação feminina foi impulsionado por trabalhadoras com um maior nível de educação formal, o que indica uma evolução atrelada a empregos que demandam maior qualificação. 

Sabe-se que 73% das mulheres do agronegócio atuam dentro da porteira, com a produção – plantio, manejo, colheita, beneficiamento, manutenção de máquinas, armazenamento dos insumos, descarte de embalagens de agrotóxicos e mão de obra – sendo 58% proprietárias ou sócia das propriedades, representando algo em torno de 4,5 % do PIB.

“Dessa forma, podemos concluir que estamos diante de grandes fortunas administradas e geridas por mulheres que ainda não recebem a devida atenção e reconhecimento pela relevância econômica na economia brasileira, muitas vezes sendo desprezadas pelos bancos e instituições financeiras que atuam em Wealth Management, a gestão de patrimônio”, esclarece Débora Toledo.

Também salientado pela especialista em economia, é que 34% das mulheres do agro já possuíam famílias atuando nesse segmento. “Dessa maneira, cerca de 2,2% do PIB é gerido por herdeiras que em sua esmagadora maioria não tiveram a oportunidade de se preparar para administrar a fortuna familiar”, completou.

Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.