A CDIAL Halal, representada pelo seu diretor de Operações, Ahmad Saifi, junto com um grupo de empresários brasileiros, acompanham a comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante as visitas à Jordânia, Egito e ao Marrocos, que serão realizadas até o dia 13 de maio. Liderado pelo ministro Marcos Pontes, o grupo tratará sobre o fornecimento de fertilizantes, consolidação dos produtos agropecuários e a ampliação de investimentos no Brasil.
Durante o período na Jordânia, o grupo visitou indústrias de potássio, como a Arab Potash Company (APC), que produz mais de 2,4 milhões de toneladas por ano, e a Jordan Phosphate Mining Company (JPMC), com capacidade de produção superior a 7 milhões de toneladas por ano.
No primeiro trimestre de 2022, segundo análise do Comex Stat, o Brasil exportou US$ 76,9 milhões em mercadorias, com destaque para carne de frango (US$ 32,3 milhões), responsável por 42% das exportações; carne bovina (US$ 14 milhões – 18%) e café torrado (US$ 8,74 milhões – 11%). Quando comparado com o mesmo período do ano passado, o país registrou superávit de US$ 75,5 milhões.
“O Brasil é o maior produtor e exportador de proteína do mundo. Ainda temos um vasto mercado a ser explorado na Jordânia, principalmente, com carne bovina halal, além do frango. Hoje, dos 10 milhões e 300 mil pessoas que vivem neste país, 97% são muçulmanos. Ou seja, toda proteína consumida por este país deve ser halal. Não há dúvida de que a Jordânia é um país de extrema importância para as indústrias brasileiras e vice-versa. Esta proximidade entre os países, com certeza, ampliará as oportunidades de negócios e beneficiará as duas nações”, ressalta o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad Saifi.
O segundo país a receber a comitiva, foi o Egito. A delegação desembarcou no Cairo, na última segunda-feira (09). No mesmo dia, o ministro Marcos Montes se reuniu com o vice-ministro da Agricultura, Moustafa El Sayeed, e com o ministro de Abastecimento, Aly Al Moselhy.
A comitiva ainda participará do Fórum “Brasil-Egito: Oportunidade no Comércio Bilateral”, promovido pela Câmara Árabe. Seguindo a agenda da Jordânia, estão programadas algumas reuniões com representantes de fertilizantes e de proteína animal.
Atualmente, de acordo com o Population Pyramid, moram no Egito 106 milhões de pessoas, sendo 92,35% muçulmanas. Um dos produtos brasileiros mais consumidos pelos egípcios é a carne bovina. Em março, segundo a Abrafrigo, o Brasil movimentou 203.494 toneladas e obteve uma receita de US$ 1,124 bilhão. No primeiro trimestre de 2022, as exportações de carne bovina já acumulam movimentação de 545.751 toneladas, quantidade 33% superior à registrada no primeiro trimestre de 2021, com 411, 025 toneladas. A receita no período saltou de US$ 1,815 bilhão para US$ 2,903 bilhões, uma elevação de 60%. O Egito foi o terceiro maior exportador de carne bovina, acumulando 47.706 toneladas (+262% quando comparado com o mesmo trimestre em 2021).
“As exportações de carne bovina cresceram, mas as de aves ainda apresentam uma porcentagem muito insipiente. Produzimos proteína Halal – tanto bovina como de frango – de qualidade, certificada e auditada por organizações privadas e pelos governos dos países importadores. O Brasil está aberto às novas negociações e acordos bilaterais. Todo nosso sistema de produção é rastreável e precisamos quebrar esta barreira para exportarmos mais ao Egito”, comenta Saifi.
E para finalizar a viagem aos países árabes, todo o grupo visitará o Marrocos no próximo dia 12. Onde será realizada uma reunião com o Ministro da Agricultura, Mohammed Sadiki. Eles farão também uma visita à usina de Jorf Lasfar da companhia Office Chérifien des Phosphates (OCP), atualmente a maior fornecedora de fósforo para o Brasil.
Apesar de não termos exportação representativa de proteína para o Marrocos, algumas espécies de peixes, como os crustáceos e os moluscos, caíram no gosto dos marroquinos. Em fevereiro de 2020, Marrocos reconheceu o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) apresentado pelo Brasil para exportação do produto. “Iniciamos as exportações, mas precisamos fomentar ainda mais este mercado. A produção brasileira cresce a cada ano e temos outros produtos premiums que podemos oferecer para este mercado, como a tilápia, por exemplo”, lembra Saifi.
De acordo com dados do Peixes.Br, as exportações da piscicultura brasileira totalizaram U$S 20,7 milhões em 2021, o que representa aumento de 78% comparado com 2020. Em toneladas, o crescimento registrado foi 49%, passando de 6.681 t (2020) para 9.932 t (2021). Merece destaque o forte crescimento das exportações de filés congelados, que aumentaram 573%. “No Brasil, várias empresas já se atentaram a estas oportunidades e estão buscando a certificação Halal para ampliar seu mercado de exportação. Nós, da CDIAL, percebemos no primeiro trimestre deste ano uma demanda maior por parte dos criadores de peixes. É um mercado de valor agregado e precisamos apresentar nossas riquezas e uma delas é o nosso peixe. Na Jordânia, por exemplo, eles estão muito interessados em peixes exóticos, como Tambaqui, Pacu, entre outros”, finaliza o executivo da CDIAL Halal.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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