O Brasil vem consolidando sua posição como um dos principais polos de deep techs no cenário global, especialmente nos setores de saúde e agronegócio. Segundo o relatório “Deep Techs Brasil,” elaborado pela Emerge Brasil em parceria com o Cubo Itaú e a American Chemical Society, o país abriga mais de 875 deep techs. Cerca de 42% delas são voltadas para biotecnologia, com forte presença em soluções voltadas para a agricultura e pecuária, áreas essenciais para a economia e sustentabilidade brasileiras.
O estudo aponta que as deep techs brasileiras estão investindo em áreas emergentes como Inteligência Artificial (IA), blockchain e nanotecnologia, além de healthtechs. No desenvolvimento dessas inovações, 70% das startups estão na fase de validação tecnológica, enquanto 30% já alcançaram a escalabilidade comercial de suas soluções. Segundo Lucas Delgado, cofundador da Emerge Brasil, o Brasil tem uma vantagem competitiva única para o desenvolvimento de tecnologias com potencial global, especialmente em biotecnologia aplicada ao agronegócio e à produção sustentável de alimentos.
Com relação à atuação por setor, a “saúde humana e farmacêutica” lidera com 243 startups no Brasil. Em seguida, o “agronegócio e saúde animal” se destaca com 202 startups, refletindo o papel estratégico do agro no mercado nacional e a crescente demanda por tecnologias inovadoras para produtividade, bem-estar animal e sustentabilidade. A área de “química, petroquímica e materiais” também é expressiva, com 71 startups dedicadas a novas soluções químicas, e o setor de “meio ambiente e sustentabilidade” soma outras 56 startups, reforçando o foco em soluções verdes.
Apesar do crescimento, as deep techs no Brasil enfrentam desafios relacionados à escalabilidade e à regulamentação de novas tecnologias, além do acesso a investimentos de longo prazo. No entanto, parcerias com universidades e incentivos governamentais estão criando um ambiente propício para a expansão dessas startups.
Fonte: Emerge Brasil, adaptado pela equipe FeedFood.
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