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Brasileiros encerram programação do Pork Nutrition

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 Wellington Torres, de Foz do Iguaçu (PR) 

wellington@ciasullieditores.com.br 

O Pork Nutrition Congress e Networking chega ao terceiro e último dia de programação. Agenda de encerramento foi marcada pela participação de três brasileiros.  

O evento híbrido, iniciado na terça-feira (20), teve como objetivo ampliar e democratizar o debate sobre nutrição suinícola, assim como potencializar e facilitar a conexão entre palestrantes e participantes. Encontro foi realizado em Foz do Iguaçu, no Paraná. 

Ficou a cargo do mestre em nutrição animal e Supervisor de Serviços Técnicos e Validação de Produtos na Agroceres PIC, Gustavo Freire Resende Lima, palestrar sobre o tema ‘Planos alimentares: arraçoamentos AD Libitum e controlado’.  

Segundo o profissional, para obter um arraçoamento controlado, é importante ter como pontos chave o entendimento do comportamento de consumo animal, uma maior consideração às variações de ração e atenção redobradas às curvas de crescimento e consumo dentro das granjas. 

Em seguida, o Doutor em Medicina Veterinária e Professor Titular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Carlos Augusto Mallmann, falou sobre ‘Novas fronteiras estratégicas para gerenciar micotoxinas na cadeia produtiva’. 

Como explicou Mallmann, um projeto de controle efetivo demanda atenção redobrada aos seguintes pontos: amostragem dos grãos produzidos, análises – principalmente às que dizem respeito ao processo de comparação entre metodologias de análises – e interpretação de dados. 

Por fim, o CEO da OD Consulting, Osler Desouzart, pautou, durante apresentação, ‘O impacto da China no futuro da suinocultura LATAM’.  

Atenção ao “Planeta China” 

Em análise, o CEO frisou que “os países em desenvolvimento são o motor do presente e do futuro da produção e do consumo de proteínas animais”. “Até o final da década de 80, o ‘mundo’ era América do Norte, Europa e Tigres Asiáticos. O futuro, desde então, é Ásia, África e América Latina”, alertou.  

De acordo com ele, até que se alcance uma renda/dia de US$ 9,47, a prioridade humana é melhorar a alimentação. Após uma renda maior que US$ 54 ou quando se gasta cerca de 20% do orçamento doméstico para comer, o ser humano tende a consumir conceitos”, complementou.  

Em estimativas para os próximos 10 anos, a Ásia será responsável por 67,84% do aumento da demanda por carne.  Neste cenário, a logística tende a se complicar, já que mais toneladas de mercadorias viajarão distâncias maiores, exigindo mais navios, containers, “e basta um porto asiático enfrentar problemas para a equação logística se complicar”, explicou. 

A China, para ele, depende e dependerá ainda mais de abastecimentos externos para o consumo de alimentos, o que potencializará o poder de barganha, “mas a alta concentração das exportações em poucos países gerará uma relação de interdependência’.  

“A expansão global do rebanho, combinada com a melhoria contínua na criação, manejo e tecnologia de animais, aumentará a produtividade, principalmente em países de baixa e média renda, o que impulsionará o crescimento da produção”, afirmou, ao lembrar que os preços mais altos para a carne induzirá uma resposta de oferta, “embora restringida por custos mais altos para insumos, particularmente para rações, energia e transporte”.  

Ao que diz respeito aos grãos, os custos permanecerão elevados em 2023, com possível baixa em 2024. “Portanto, façam com menos, e, isso só se consegue com ciência e tecnologia”, aconselhou.