O posicionamento da Índia em defender que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permita que países em desenvolvimento, sem sofrerem penalizações por violar as regras de apoio agrícola, construam estoques nacionais de alimentos com subsídios ilimitados, para em momentos de crise, também exportar, pode causar distorções sérias no comércio agrícola global, comprometendo os avanços conquistados nas negociações multilaterais.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, que está acompanhando a XII Reunião Ministerial da OMC, na Suíça, apesar da pressão da Índia, o posicionamento do Brasil e do Mercosul é buscar uma negociação para atender os países mais pobres no combate à fome, mas com a OMC liderando o sistema multilateral de comércio, baseado em regras claras e transparentes, que tornem esse sistema ainda mais justo, equitativo e orientado para o mercado que contribua para o desenvolvimento sustentável, incluindo a segurança alimentar e nutricional.
De acordo com Carvalho, o Brasil tem uma posição interessante na OMC e tem conversado com representantes efetivos de diversas delegações, como dos Estados Unidos e do Canadá, que também demonstraram sua preocupação com o posicionamento da Índia, expondo pareces semelhantes às colocações brasileiras e do Mercosul.
Com isso, o presidente da ABAG analisa que a reunião pode se encerrar com saldo positivo para o comércio global do agronegócio, com os caminhos da reforma da OMC arquitetados e sem o retrocesso de medidas já consolidadas.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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