A Argentina tem como previsão uma redução de 50% na produção de soja frente ao ano passado. Esse é o pior resultado argentino desde o ciclo 1999/00. O país, que era o principal fornecedor mundial, agora passa a faixa para outra nação.
O Brasil deverá manter elevadas as exportações de farelo de soja nesta temporada, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto, com o escoamento de 21,82 milhões de toneladas.
A informação é do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na segunda-feira (21). As exportações brasileiras de farelo de soja no acumulado até julho/23 atingiram 12,9 milhões de toneladas contra 12,2 milhões ocorridas no mesmo período do exercício passado. Destaca-se ainda o escoamento pelo porto de Santos (40,6%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,5%) e Salvador (5,7%).
De forma indireta, outro fator importante no acréscimo da oferta do farelo de soja nacional está relacionado à forte demanda por parte das indústrias brasileiras de biodiesel, que impulsionaram os preços do óleo de soja no mercado brasileiro.
Esse cenário foi acirrado pela disputa externa, uma vez que a procura global pelo óleo de soja do Brasil também está aquecida, apresentando, de acordo com o Comex Stat, recorde de exportação do subproduto no período.
O Boletim informa ainda que, no mês de julho, 36,1% das exportações brasileiras de soja ocorreram pelo porto de Santos, 37,3% foram escoadas pelo porto do Arco Norte, e 11,7% pelo porto de Paranaguá.
A origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos Estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, e Mato Grosso do Sul.
Fonte: Conab, adaptado pela equipe FeedFood.
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