Em decorrência de maior oferta no mercado doméstico e de menor liquidez durante o mês de agosto, valores da carne de frango foram pressionados. Segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ESALQ – USP, competitividade da proteína cresceu frente à suína, mas caiu frente à bovina.
“A maior oferta de carne de frango no mercado doméstico e a menor liquidez em agosto pressionaram os valores da proteína no último mês, elevando sua competitividade frente à carne suína, que registrou valorização no período. Já em relação à carne bovina, a proteína avícola perdeu competitividade, uma vez que o recuo no preço da carcaça casada bovina foi mais intenso do que o verificado para o frango inteiro resfriado”, explica o Cepea.
Segundo o Centro de Estudos, a leve desvalorização da proteína em agosto resultou de uma estratégia do setor, na tentativa de evitar aumento de estoques, tendo em vista que a oferta do produto já estava alta.
“No mercado de carne bovina, as quedas foram mais acentuadas, influenciadas pelo baixo consumo da proteína no mercado brasileiro, devido ao fragilizado poder de compra da população. Já no mercado da carne suína, apesar dos recuos observados no encerramento de agosto, as vendas aquecidas na primeira metade do mês e as consequentes valorizações naquele período resultaram em elevação da média mensal”, contextualiza.
Neste cenário, como complementa a instituição, “a diferença entre os valores do frango inteiro resfriado e da carcaça casada bovina diminuiu 5,1% entre julho e agosto, passando de 12,90 Reais/kg para 12,24 Reais/kg, evidenciando a perda de competitividade da carne avícola frente a concorrente no último mês. Já a diferença para a carne suína aumentou 26,3%, passando de 2,12 Reais/kg em julho para 2,68 Reais/kg em agosto e, assim, elevando a competitividade da proteína avícola frente à substituta”.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe Feed&Food.
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