Um alerta na indústria suinícola tem causado preocupação nas autoridades veterinárias, após a detecção da peste suína clássica (PSC) no Piauí. A doença viral altamente contagiosa representa uma ameaça séria para a economia agrícola e para a segurança alimentar.
Focos da doença foram registrados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em uma criação de porcos no estado. As investigações seguem em andamento para identificar ligações epidemiológicas. Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos.
“A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquela que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação”, orientou o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
O estado não pertence à zona livre de PSC do Brasil, havendo restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença. Já na região Sul do Brasil, considerada livre da doença, onde está concentrada a produção comercial de suínos, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.
De acordo com o presidente da ACCS, Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.
Ainda segundo Losivanio, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina, a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente.
Fonte: ACCS, adaptado pela equipe FeedFood.
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