O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o abate de bovinos aumentou 11% no segundo trimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Cristiano Botelho, o maior volume de abate está ligado ao investimento consolidado em genética bovina de qualidade.
Ainda de acordo com ele, não é novidade o tamanho do desafio enfrentado pelo produtor nos últimos meses, principalmente em relação ao preço pago pelo gado e aos custos de produção.
“Essa elevação no abate de bovinos mostra que, apesar da arroba do boi estar em um período de grande baixa, desafiando cada vez mais o produtor, o pecuarista não deixa de produzir e de investir de forma assertiva em genética, nutrição e saúde animal”, pontua.
O cuidado na seleção de animais com qualidade genética superior contribui decisivamente para o aumento de produtividade, o que resulta em maior lucratividade ao pecuarista e oferta crescente de carne ao mercado.
“Foi exatamente isso o que aconteceu, de acordo com os dados do IBGE. Temos aumento tanto em número de animais abatidos como em volume de carcaça”, complementa o executivo.
O IBGE aponta para 8,2 milhões de animais abatidos e 2,1 milhões de toneladas de carne comercializadas. Em relação a este último dado, há aumento de 9,5% na comparação com o segundo trimestre de 2022. O volume de carne produzida também cresceu consideravelmente frente ao acumulado do trimestre anterior (jan a mar 2023: 12,6%).
Cristiano Botelho entende que “ao passo em que aumenta a disponibilidade de genética bovina de qualidade e o seu acesso se torna cada vez mais democratizado, os números da pecuária nacional devem evoluir gradativamente. O investimento em melhoramento genético, assim como a atenção à sanidade animal e à nutrição, são fatores totalmente ligados ao sucesso do negócio”.
Para colaborar com a democratização da informação e o acesso à genética bovina, a Asbia lança o INDEX ref. ao 2º trimestre, no dia 22 de agosto, às 19 horas, em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e com o Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea).
Fonte: Asbia, adaptado pela equipe FeedFood.
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