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Risco de epidemia? O que sabemos sobre a gripe aviária nos EUA 

Surto de H5N1 no país atingiu dois seres humanos e levanta alerta global
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cows in a farm. Dairy cows .

No início de abril, o Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) confirmaram que uma pessoa, que trabalhava em contato direto com o gado leiteiro, testou positivo para gripe aviária no Texas, Estados Unidos. Na semana anterior, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) havia confirmado a presença do vírus da influenza aviária em amostras clínicas de leite não pasteurizado no Kansas e no Texas.

O surto atual do vírus da gripe aviária começou em 2022, e havia sido identificado em aves selvagens em todos os estados dos Estados Unidos. Afetou, também, aves domésticas e outros mamíferos selvagens. Em meados de março, o Conselho de Saúde Animal de Minnesota, nos EUA, relatou que um grupo de cabras testou positivo para gripe aviária, especificamente a cepa H5N1, após entrarem em contato com aves infectadas e que tinham acesso ao mesmo espaço. 

Atual surto do vírus começou em 2022 (Foto: reprodução)

Simultaneamente, produtores de leite do Texas e do Novo México, EUA, enfrentavam uma doença misteriosa que estava causando a queda na produção. Os veterinários e autoridades estaduais ainda não haviam conseguido identificar o que era. Na segunda, 25 de março, o Comissário de Agricultura do Texas confirmou que a doença era causada por uma cepa do vírus da gripe aviária, marcando a primeira ocorrência da gripe aviária em bovinos leiteiros, segundo a Associação de Médicos Veterinários Americana.

Desde então, o vírus foi detectado em outros rebanhos leiteiros pelos Estados Unidos, incluindo os estados de Michigan e Idaho. Além disso, o Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar Agrícola do México (Senasica), também identificou a gripe aviária em uma fazenda familiar no estado de Michoacan.

Agora, essa cepa da gripe aviária foi também identificada em humanos, sendo apenas a segunda vez que um ser humano nos EUA contrai influenza aviária, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Anteriormente, em 2022, uma outra pessoa adoeceu após ter contato com aves infectadas no Colorado.

Os produtores de leite devem permanecer vigilantes, monitorar seus rebanhos em busca de quaisquer sintomas e entrar em contato com seu veterinário se detectarem sinais de doença. Além disso, podem adotar medidas de biosseguridade semelhantes às utilizadas na avicultura e que podem ser adaptadas para a produção de leite.

Woman with USA flag.
Dois casos em humanos foram confirmados nos EUA (Foto: reprodução)

De acordo com o USDA, não há preocupação com a segurança do fornecimento comercial de leite neste momento, uma vez que o leite dos animais afetados é desviado ou destruído. A pasteurização inativa o vírus, e apenas o leite pasteurizado pode ser comercializado entre os estados nos EUA, o que significa que não há risco para o consumidor.

Segundo o CDC e o Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas, o caso de gripe aviária em humanos não altera o risco para o público em geral, que permanece baixo. 

Além disso, várias entidades americanas estão trabalhando em conjunto com parceiros de saúde locais, estaduais e federais para investigar o caso e monitorar quaisquer registros adicionais de gripe aviária.

A gripe aviária é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) possui Portarias com medidas de biosseguridade para mitigar o risco de contaminação e monitora a doença em aves no Brasil.

A influenza aviária já foi detectada no país, inicialmente em aves silvestres em maio de 2023. O MAPA mantém um painel para consulta de casos confirmados do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). Dos 2.874 casos investigados, dois estão em andamento e 160 foram confirmados como focos positivos para IAAP. Cada foco representa uma unidade epidemiológica onde pelo menos um caso da doença foi confirmado.

Dos 160 focos, 157 são na categoria aves silvestres, 3 em aves de subsistência (de eventual consumo pelo próprio produtor), e nenhum em aves comerciais.

A implementação de medidas de biossegurança é importante neste momento. Os produtores devem realizar as medidas, manter registros de entrada e saída na propriedade e estar atentos a possíveis sintomas. Até o momento, as principais conclusões indicam que o vírus afeta principalmente vacas mais velhas em média lactação, com recuperação em 10 a 14 dias, e que a pasteurização inativa o vírus, e possui baixo risco de contaminação para humanos.

Fonte: Milkpoint, adaptado pela equipe FeedFood.

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