João Paulo Monteiro, da redação
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As expectativas são positivas para a piscicultura em 2023, projeta o médico veterinário Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca e professor da FGV.
O motivo para o otimismo é a crença no aumento do consumo de modo geral no Brasil: “A tendência é que o País caminhará para um quadro de estabilidade política, de confiança na economia e de retomada do crescimento econômico já no segundo semestre”.
Ao mesmo tempo, medidas governamentais de estímulo a investimentos e ao consumo das famílias tende a beneficiar a economia e, consequentemente, o agro como um tudo. “Impactará no aumento gradativo do emprego, da renda e do consumo dos brasileiros”, projeta Gregolin.
Portanto, um mercado interno aquecido é o que sustenta tais projeções. “Respeitada as particularidades das diferentes cadeias, a perspectiva é que teremos um bom ano para a atividade, com crescimento na produção e nas vendas e com margem de lucro positiva”, discorre Gregolin.
Essa diferenciação é necessária pois, na piscicultura brasileira, há realmente cenários distintos. O presidente executivo da PeixeBR, Francisco Medeiros, explica.
“Com relação aos peixes nativos, saímos de um ano ruim de negócios em 2022; e começamos 2023 morno, porém, logo teremos a quaresma e neste período há um aumento de consumo desses peixes. Como estamos com estoque baixo, acredito que o produtor terá boa remuneração”, opina.
Já em relação à tilápia, de acordo com o executivo da PeixeBR, este primeiro semestre será de bons preços ao produtor.
“Teremos uma maior oferta de peixe no mercado; e com a manutenção do dólar alto em reação ao Real, teremos uma exportação mais significativa no segundo semestre, o que pode acalmar o mercado interno e encerrar mais um ano positivo”, conclui Medeiros.
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