Patrícia Bragante | [email protected]
As mulheres estão cada vez mais envolvidas no comércio internacional como produtoras, empreendedoras e executivas de empresas exportadoras, ganhando destaque em setores associados às exportações, como moda, alimentos e bebidas, produtos artesanais, tecnologia e serviços.
O aumento da presença feminina nas exportações reflete os programas e políticas que estão sendo implementados pelos governos e organizações para incentivar a participação das mulheres no setor, incluindo o acesso a financiamento, capacitação em habilidades comerciais e redes de apoio.
Neste cenário, o projeto Agro.BR Mulheres, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), busca engajar, preparar e aumentar a presença de lideranças femininas rurais, alcançando resultados baseados em indicadores comerciais e de desempenho, corroborando com os itens 05, 08 e 17 do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
“Escolhemos 14 mulheres de diversos setores para atuarem nesse projeto piloto, que é um braço do maior projeto que temos na diretoria, o Agro.BR”, explica a assessora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rita Padilla, sobre o projeto lançado no final do mês de fevereiro.
Segundo Rita, a iniciativa está estruturada em três pilares. O primeiro é a criação de um alicerce robusto, desenvolvendo liderança e confiança para atingirem os objetivos. “Isso se dará através de diversas capacitações, seminários e ações práticas”, pontua.
Já o segundo é a geração de negócios por meio de ações como rodadas de negociação e missões comerciais, criando um ambiente propício para que elas coloquem em prática os aprendizados absorvidos no decorrer da jornada.
O terceiro e último é a criação de uma grande rede de conexões. “Sabemos que muitas mulheres empreendedoras enfrentam dificuldades para expandir seus negócios. Então a ideia é promover um ambiente onde elas possam trocar experiências e facilitar o networking”, frisa Rita.
A iniciativa busca trazer independência financeira para as mulheres por meio da equidade de gênero, promovendo igualdade de oportunidades e contribuindo, assim, para um cenário mais justo.
“Não só o Agro.BR Mulheres, mas também as inúmeras iniciativas desenvolvidas por parceiros que estamos acompanhando têm potencial para impulsionar um crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável em nível regional e global”, avalia a assessora.
Rita ainda projeta trazer resultados positivos no final do ano, para que em um próximo ciclo seja possível aumentar o escopo de atuação da iniciativa convidando mais mulheres. “O acesso a novos mercados através da exportação pode impulsionar o crescimento dos negócios e aumentar a base de clientes e oportunidades de vendas”, conclui.
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