Em virtude das oscilações que o mercado agropecuário tem enfrentado, a desvalorização do milho se torna mais um obstáculo para o avicultor de postura, que passa a comprar alguns insumos, como milho e farelo de soja, com preços mais altos.
De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o mês de janeiro tem sido o “mais desfavorável ao avicultor em toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2013”. Algumas regiões conseguiram repassar os gastos ao consumidor final, mas mesmo assim, “esse volume é o menor da série e ainda 14,9% inferior ao registrado em dezembro”, explica o Cepea.
Ainda, segundo o Centro de Estudos, “as cotações do milho estão em forte alta neste mês, impulsionadas pela restrição de vendedores”. A consequência desta crescente, gera incertezas quanto à produtividade das lavouras. Já em relação ao farelo de soja, pesquisadores afirmam que “após o recuo dos preços na maior parte do segundo semestre de 2021, os valores passaram a subir em dezembro, principalmente por conta do alto valor da matéria-prima e da constante procura” pelo insumo.
Entretanto, na média parcial de janeiro, o avicultor pôde comprar cerca de 38,3 quilos do insumo com a venda de uma caixa de ovos branca, a menor quantidade do ano, e entregando 20,8% menos que a média de dezembro.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.
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