Algumas alianças são firmadas em prol da segurança do agronegócio brasileiro, pensando nisso, as agroindústrias catarinenses e a Polícia Civil, estreitaram os laços durante o encontro entre o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior e o diretor de Polícia da Fronteira, delegado Fernando Callfass, na última semana, em Chapecó.
Na ocasião, Ribas conheceu o recém-criado Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes contra o Agronegócio (CAOAGRO), a Delegacia de Polícia Virtual de Repressão aos Crimes contra o Agronegócio (DELEAGRO) e o Núcleo de Inteligência do Agronegócio (NintAGRO), estruturas instaladas junto à Diretoria de Polícia da Fronteira (DIFRON/PCSC), em Chapecó.
Callfass expôs que Santa Catarina está preparada para combater os crimes do agronegócio e promover a segurança no meio rural. “A nossa preocupação é ter um olhar para o produtor rural, não somente da porteira para dentro, mas também da porteira para fora, seja no processamento, na industrialização, no transporte, no armazenamento dos produtos que hoje têm um valor agregado muito grande. Adotamos três setores distintos que se completam e, juntos, promoverão a repressão qualificada de cada delito”, frisou ao reforçar a importância de cumprir essa demanda antiga das entidades do setor.
A iniciativa do Governo de Santa Catarina e da Polícia Civil foi elogiada pelo presidente do Sindicarne, que hipotecou o apoio das agroindústrias catarinenses para eventuais necessidades de ajuda e cooperação para o pleno funcionamento da nova Delegacia. Destacou a inovação como uma grande conquista do setor que é penalizado, há anos, com prejuízos enormes, causados por furtos e roubos nas propriedades rurais. Ações criminosas também ocorrem nas operações logísticas de transporte de insumos – especialmente grãos, sementes e fertilizantes entre as agroindústrias e o campo e na transferência de produtos acabados para os portos e os grandes centros de consumo.
Ribas Júnior está convicto de que a ação da Polícia Civil, em articulação com a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal, representará uma efetiva e eficiente repressão aos crimes contra a agricultura, a agroindústria e o agronegócio em geral, com ganhos para todas as cadeias produtivas e a sociedade.
COMO DENUNCIAR
O delegado Callfass, explica que a denúncia é feita através do WhatsApp, o serviço funciona 24 horas por dia e é válido para todo o Estado.
A ferramenta representa mais uma importante forma de mobilização social no combate aos crimes contra o agronegócio. Por esse meio, mensagens com fotos, vídeos e documentos para auxiliar nas investigações podem ser enviadas para o número (49) 99173 8826.
Os policiais civis que atuam junto ao CAOAGRO analisarão as denúncias e farão os devidos encaminhamentos. As pessoas que enviarem as denúncias terão suas identidades preservadas. Para o delegado Fernando Callfass o “disque denúncia soma-se ao CAOAGRO e a DELEAGRO como importantes instrumentos de repressão qualificada aos delitos praticados contra o agronegócio catarinense”.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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