Natalia Ponse | natalia@dc7comunica.com.br
No Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no primeiro sábado de julho, destacamos como a inteligência artificial (IA) está transformando a gestão das cooperativas no setor agropecuário, trazendo benefícios significativos e enfrentando desafios complexos. Lucas Ribeiro, CEO e fundador da ROIT, compartilhou insights valiosos sobre o impacto dessa tecnologia no agronegócio.
“A inteligência artificial está revolucionando a gestão das cooperativas no agronegócio ao proporcionar análises mais precisas e tomadas de decisão mais ágeis”, afirma o executivo. Entre os principais benefícios observados estão a otimização de recursos, aumento da produtividade, previsão de demandas, redução de fraudes e riscos, além da melhoria das relações com fornecedores, clientes e o fisco.
A ROIT é uma empresa que se dedica há oito anos a transformar o mundo corporativo por meio de soluções tecnológicas inovadoras que simplificam processos complexos da área financeira das companhias por meio da hiperautomação e da inteligência artificial, com produtos que permitem que as empresas revejam seu passado, enxerguem seu presente e tenham uma nova visão do seu futuro.
A automação de processos contábeis, fiscais e financeiros também desempenha um papel crucial na eficiência das cooperativas. Lucas Ribeiro destaca a complexidade das “quatro versões da verdade” — pedidos de compra, verdades fiscais, financeiras e contábeis — que precisam ser reconciliadas.
“Com a automação desses processos, chegamos a apenas uma versão da verdade, com mínimo de interação humana e em apenas seis minutos, em média. Isso se traduz em uma contabilidade mais precisa, melhor gestão de custos e conformidade fiscal, além de liberar os profissionais para atividades estratégicas e de maior valor agregado”, ressalta Ribeiro.
A integração entre diferentes soluções tecnológicas é fundamental para uma governança eficaz nas cooperativas. Para o CEO da ROIT, essa integração permite uma visão holística e em tempo real das operações, facilitando a tomada de decisões, reduzindo custos e ineficiências e melhorando a coordenação entre departamentos. “Uma gestão integrada promove a transparência e a confiança entre os membros da cooperativa, com total rastreabilidade de todas as operações financeiras, fiscais e contábeis”, enfatiza.
No entanto, a adoção da inteligência artificial também apresenta desafios. A resistência à mudança, a falta de infraestrutura tecnológica e a necessidade de capacitação dos colaboradores são obstáculos comuns. Para superá-los, Lucas Ribeiro sugere investir em treinamento e educação, promover uma cultura de inovação e buscar parcerias estratégicas.
A utilização de inteligência artificial e relatórios SAP impacta significativamente a governança e a transparência nas cooperativas, proporcionando dados precisos e em tempo real. As melhorias incluem maior visibilidade das operações, identificação rápida de desvios e fraudes e a capacidade de tomar decisões mais informadas e baseadas em dados. “Isso resulta em uma governança mais robusta e em maior confiança dos membros e stakeholders”, destaca Lucas.
As perspectivas futuras para a adoção de inteligência artificial no cooperativismo no agronegócio são promissoras. Espera-se uma maior adoção de tecnologias de IA para otimização de processos, contabilidade em tempo real, pagamentos instantâneos a fornecedores, geração de receitas financeiras com fornecedores, redução da carga tributária e melhoria dos resultados financeiros. “Nos próximos anos, veremos uma integração ainda mais profunda da IA com outras tecnologias emergentes, como a Internet das Coisas (IoT) e a blockchain, impulsionando a eficiência e a inovação no setor”, prevê Lucas Ribeiro.
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