O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou do painel de análise do mercado de carnes durante a apresentação das “Perspectivas para a Agropecuária – Safra 2022/2023”, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na quarta-feira (24).
Lucchi destacou a iniciativa da CONAB em divulgar estimativas de rebanho, abate, produção e demais variáveis que compõem o quadro de oferta e demanda de carnes bovina, suína e de frango no País.
“O setor pecuário representa aproximadamente 30% do Valor Bruto da Produção. Esse trabalho de prospectar os indicadores econômicos da pecuária certamente vai contribuir para o setor crescer de forma mais sólida”.
Ele expôs a visão dos produtores rurais em relação ao atual cenário e que poderão refletir no futuro da atividade. Na área de pecuária de corte, o diretor analisou o ciclo produtivo desde 2019, que gerou impactos na oferta e na demanda e teve o mercado agravado pela pandemia.
O diretor também fez uma análise sobre o comportamento do mercado do milho, principal insumo utilizado na alimentação de bovinos, suínos, aves e peixes.
Em relação aos custos de produção, Lucchi citou itens que mais pesaram para o produtor. “O custo com a energia foi o que mais consumiu a margem dos avicultores integrados, além do aumento significativo para manutenção e renovação dos galpões”.
No caso da suinocultura, o diretor explicou que 70% são integrados e 30% independentes. “Absorção de custos com ração são um dos maiores desafios dos produtores independentes, que têm dificuldade de trabalhar com o mercado futuro e travamento de preços”.
Lucchi pontuou que medidas recentes que ajudaram nas prorrogações de dívidas e programas de auxilio ainda vão levar um tempo para que os produtores possam se ajustar. “Com isso, teremos uma avaliação de como será o cenário para o próximo ano, que vai impactar na compra da ração concentrada”.
Fonte: CNA, adaptado pela equipe Feed&Food.
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