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SUINOCULTURA

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Após crise, suinocultura entra em fase de recuperação

Perspectivas são positivas para 2023 e setor prevê recorde potencial nas exportações
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Após a tempestade, com uma das mais severas crises de sua história, a suinocultura parece caminhar em direção ao Sol. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o Brasil entra em fase de recuperação, com perspectivas um pouco mais positivas já para este ano. 

No dia da suinocultura, celebrado nesta segunda-feira (24), Santin lembra que produtores e agroindústrias suinícolas de todo o país vivenciaram um período de intensos desafios ao longo dos últimos três anos, frente às adversidades geradas pelos altos custos de produção e a pandemia global. 

Neste contexto, não foram incomuns casos de empresas e suinocultores operando com prejuízo, porém, mantendo o fluxo produtivo. “O produtor foi resiliente em sua atividade e ajudou a preservar a oferta de alimentos e o abastecimento das famílias brasileiras. Após um período desafiador, vemos um quadro mais positivo, com perspectivas de avanços no cenário interno e internacional”, analisa.

E essa perspectiva otimista é respaldada por números. De acordo com a ABPA, a produção de carne suína deverá romper a barreira de 5 milhões de toneladas pela primeira vez na história. No mercado internacional, um novo recorde é esperado, próximo das 1,2 milhão de toneladas embarcadas para os mais de 90 destinos importadores do produto brasileiro.

Santin conta que estas projeções se baseiam no comportamento do setor apresentado até aqui. De acordo com os levantamentos da ABPA, as exportações brasileiras de carne suína já são 15,6% maiores este ano, com cerca de 590 mil toneladas exportadas no primeiro semestre de 2023. A receita gerada tem crescimento ainda mais expressivo, com US$ 1,413 bilhão de saldo acumulado entre janeiro e junho, o que supera em 26,7% o desempenho no mesmo período de 2022.    

Assim como as exportações, o consumo per capita brasileiro também deve apresentar crescimento em relação aos 18 quilos registrados em 2022, pelas projeções iniciais da ABPA.   

Para o presidente da entidade, o Brasil tem ocupado espaço de outros grandes players internacionais, como é o caso da União Europeia, reforçando o papel do País na segurança alimentar global. 

“Neste contexto, temos finalmente um fôlego com uma retração gradativa nos preços do milho e do farelo de soja, o que é um alento frente às altas acumuladas em mais de 150%, registradas entre 2020 e 2022”, diz e finaliza: “Ainda persistem as altas em outros insumos como diesel, energia, plástico e papelão. Contudo, há uma perspectiva positiva e produtores e agroindústrias vivenciam atualmente um momento de equilíbrio nas contas”.

Fonte: ABPA, adaptado pela equipe FeedFood.

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