Wellington Torres, de São Paulo (SP)
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Entender o agronegócio em si demanda conhecimento perante àqueles que são responsáveis pela produção dentro da porteira. Já entender o agronegócio na era digital exige, em complemento ao ponto anterior, dar importância para a comunicação on-line e suas ferramentas de marketing.
Durante o 14º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, realizado nesta quarta-feira (14), a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) apresentou os painéis ‘O valor da imagem e da reputação para uma marca’, ‘Qual o perfil do produtor rural e o que pensa a população sobre o Agro’, ‘Na era do digital, a importância do Cross Mídia’ e ‘Na comunicação tudo é possível, mas nem tudo convém’.
Segundo o presidente da ABMRA, Ricardo Nicodemos, a escolha de temas e palestrantes selecionados para a edição de 2022 levou em consideração diferentes análises e estudos atrelados ao desenvolvimento setorial.
“Nós temos estudado as necessidades do setor nas questões relacionadas ao marketing e a comunicação e o ponto principal é que entendemos que o agro nos últimos cinquenta anos investiu em inovação e tecnologia, mas a comunicação não acompanhou esse processo”, explicou Nicodemos.
Para ele, o “agro fala muito para o próprio setor, mas também precisa falar para fora da porteira – para a sociedade urbana”. “Nós precisamos pensar em cadeia produtiva, trabalhando em sincronia, um ajudando o outro. A visão deve ser holística. Todas as informações coletadas nos dão norte e base para que possamos de fato desenhar uma estratégia de comunicação eficiente”, afirmou, ao pontuar o interesse de maior aproximação entre o setor e o público urbano, principalmente o mais jovem.
De acordo com o presidente da Associação, a relação com esse grupo, em específico, demanda uma atenção maior dos produtores rurais, uma vez que o modo de consumo atual apresenta maior ligação com a ideia de valor agregado, seja por questões sustentáveis ou diferenciais atrelados ao desenvolvimento e aporte social.
“É importante fazer com que os produtores entendam a necessidade de agregar valor aos produtos. Na medida em que isso acontece, também é possível auxiliar na percepção do consumidor, fazendo com que esses profissionais sejam admirados pela sociedade urbana”, ponderou, ao reforçar que é preciso, em união, “incentivar e motivar que a sociedade urbana tenha orgulho do agro do seu País, a final, somos um País vocacionado a produção de alimentos”.
Entre as tradicionais e as novas mídias, um setor a ser conscientizado
Como um dos pilares do desenvolvimento nacional, o agronegócio brasileiro se encontra em uma via de mão dupla: o tradicional, decorrente da relação interfamiliar e o contemporâneo, que urge por maior aprofundamento no universo digital e on-line.
Para o presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), Ricardo Nicodemos, a conectividade dentro do setor é um caminho sem volta e que deve estar “presente em qualquer estratégia de marca, lançamento de produto ou até mesmo de posicionamento de setor”,
“Entretanto, nós temos trabalhado o conceito de mix de comunicação, o digital deve conviver com os demais meios. Não podemos trabalhar com uma ideia excludente, mas sim agregar os meios novos aos tradicionais”, ponderou.
Também participaram do evento o Ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente do Conselho Consultivo da ABMRA, Jorge Espanha, Diretora Responsável pelo Congresso ABMRA, Liliane Bortoluci, o Consultor e Professor da ESPM, Paulo Cesar Rovai, a PhD em Economia de Empresas e Professora da ESPM, Luciana Florêncio, a vice-presidente de Marketing do ‘Avocados From Mexico’, Ivonne Kinser, o Consultor Senior da S&P Global – Commodities Insight, Marcelo Claudino e mais.
A próxima matéria sobre o evento será sobre a apresentação de Claudino. O profissional foi responsável por apresentar um perfil sobre o produtor do agro brasileiro e a relação do setor com a população nacional. Fiquem atentos ao portal!
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