ARTIGO

Conteúdo

Tempo potencializa a nutrição e impulsiona a qualidade nas granjas

A nutrição adequada desde o início da vida das fêmeas suínas é crucial para liberar seu potencial genético
feedfood

Desde o início até o último ciclo produtivo, a alimentação adequada é essencial para liberar o potencial genético das fêmeas suínas. A forma como são alimentadas não só afeta a longevidade, mas também determina o número de leitões e a duração da produtividade das leitegadas. “A nutrição certa pode ser a chave para maximizar o desempenho e garantir que cada matriz atinja o seu máximo potencial”.

A afirmação acima é de Bruno Silva, professor, PhD e pesquisador em Nutrição de Suínos e Adaptação Ambiental na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Ciências Agrárias (ICA). Segundo ele, a nutrição está diretamente correlacionada à forma como o animal é preparado desde o nascimento, passando pela etapa de formação da fêmea, crescimento, assim como o desenvolvimento da estrutura óssea e do aparelho reprodutor. “A taxa de crescimento e a composição corporal são fatores que influenciam diretamente a resposta produtiva nas fases subsequentes, como gestação e lactação. Este ciclo se repete ao longo da vida produtiva, que pode incluir de cinco a seis partos”.

A futura reprodutora possui uma dinâmica de crescimento e uma necessidade nutricional distintas em comparação com fêmeas voltadas para o abate. Enquanto as fêmeas de abate são preparadas para alcançar o máximo de crescimento corporal em um curto período, as reprodutoras precisam ser preparadas não apenas para o crescimento muscular e lipídico, mas também para um adequado desenvolvimento da estrutura óssea.

“Essa preparação é fundamental, pois as reprodutoras enfrentam uma carga corporal elevada ao longo de suas vidas produtivas e uma estrutura óssea bem desenvolvida é o que suporta essa carga. Problemas locomotores e falhas reprodutivas são as principais causas de descarte precoce das marrãs, representando de 20% a 40% dos descartes”, explica Bruno.

Portanto, compreender que as marrãs possuem uma dinâmica de crescimento diferente significa reconhecer suas necessidades nutricionais específicas. Abordagens nutricionais distintas são necessárias, incluindo relações adequadas de aminoácidos e energia, bem como proporções de cálcio e fósforo. Esses cuidados são essenciais para fortalecer e promover o crescimento da estrutura óssea, garantindo a longevidade e a eficiência das matrizes ao longo de suas vidas produtivas.

Você pode ler a reportagem “ TEMPO: UM ATIVO VALIOSO PARA A GRANJA”, pela jornalista Glaucia Bezerra, na íntegra e sem custo, acessando a página 36 da edição de julho (nº 208) da Revista FeedFood.

LEIA TAMBÉM:

Queimadas afetam solo e elevam custos no agro

Global Poultry Days destaca tendências do mercado avícola

Teka Vendramini: A jornada de uma pecuarista pelo mundo das histórias