De suma importância para o setor agropecuário brasileiro, a indústria de carne bovina enfrentou um grande problema em 2021: o embargo chinês. No entanto, mesmo com situação preocupante, embarques da proteína atingiram novo recorde.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportadoras nacionais do segmento atingiram um novo recorde de faturamento com as vendas externas, com mais de US$ 9 bilhões em embarques no último ano. O recuo no volume das exportações foi compensado pela alta de 16,13% no preço médio da proteína, que chegou a mais de US$ 5 mil por tonelada.
Para o ano de 2022, a expectativa, com o retorno da China às compras e a possibilidade de novas aberturas de mercado para produtos e destinos, como Canadá, Coreia do Sul e Japão, é de que a receita chegue pela primeira vez à casa dos US$ 10 bilhões. Neste cenário, a reabilitação de 12 plantas brasileiras pela Rússia também pode favorecer os negócios neste ano.
Em previsão, presidente da entidade, Antonio Jorge Camardelli, aposta que o volume exportado deverá voltar para a casa de 2 milhões de toneladas de carcaça equivalente, patamar alcançado pelo setor apenas em 2020. No ano passado, foram 1,8 milhões de toneladas enviadas ao exterior de acordo com as projeções da entidade.
“Nós nos preparamos e cuidamos do nosso produto para não haver problema lá fora. A perspectiva é estar pronto para responder à demanda e com preço da arroba extremamente remunerador ao produtor”, disse Camardelli ao Valor Econômico.
Fonte: Valor Econômico, adaptado pela equipe feed&food.
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