De maneira a diversificar a economia do País, o evento organizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e a certificadora Fambras, entre os dias 6 a 8 dezembro, discutiram mais uma vez como adicionar no mercado brasileiro produtos e serviços halal, com objetivo de garantir a segurança e alimentação de 2 bilhões de consumidores muçulmanos. Além de utilizar as características desse preceito islâmico para aprimorar as boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG na sigla em inglês).
Ação trata-se do Global Halal Business Forum, realizado em São Paulo, de forma presencial e remota, que contou com numerosos especialistas no tema, representantes governamentais e de entidades e empresas participantes desse mercado, como as principais fabricantes brasileiras de proteína animal (BRF, Marfrig e Seara), expressivas fornecedoras de produtos halal aos países árabes.
O gerente do halal Trade & Marketing Center (HTMC), Tomás Guerrero, explicou que o Brasil já se consolidou como um dos principais fornecedores mundiais de alimentos halal e está apto a fazer a transição de produtor de itens in natura para comidas prontas para o consumo. Segundo o profissional, a população árabe-muçulmana está em crescimento e é constituída sobretudo por jovens que buscam a praticidade de pratos prontos, respeitando os preceitos halal.
“O Brasil tem condições de continuar a fornecer alimentos de forma sustentável e com maior valor agregado, desenvolvendo produtos que ofereçam maior praticidade de consumo, diversidade de sabores e novas tecnologias de proteínas alternativas, como carnes cultivadas”, afirmou a presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Grazielle Parenti, vice-presidente global de Relações Institucionais, Reputação e Sustentabilidade da Brasil Foods (BRF). Para a executiva, chegou a hora de o Brasil transformar-se de celeiro em supermercado do mundo.
Entretanto há diversas maneiras do Brasil participar do mercado halal, além do segmento alimentício. Durante o fórum foram demonstradas maneiras de aproveitar as oportunidades em diversos setores, como, turismo, indústria farmacêutica, cosméticos e financeiros. De acordo com o State of the Global Islamic Economy Report 2020/21, o mercado de produtos e serviços halal para o consumidor muçulmano movimenta US﹩ 4,88 trilhões por ano.
Além do retorno financeiro, o vice-presidente da Fambras Halal, destacou que a indústria gera no Brasil cerca de 1,5 milhões de empregos diretos e indiretos, tornando-se responsável por uma parcela significativa do comércio. A palavra halal significa “lícito”, segundo o islã. “Halal é um padrão ético e moral de ações lícitas não só na alimentação, mas também no ambiente social, na conduta, na Justiça, nas vestimentas e finanças”, completou Zoghbi.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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