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Cobb destaca importância da conversão alimentar

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Atingir melhor eficiência produtiva das aves é uma das questões que têm tirado o sono do produtor diante do quadro de recordes nos preços dos grãos, principais insumos de produção. Com a nutrição atingindo cerca de 80% dos custos, qualquer alteração na formulação de dietas para reduzir o impacto dos preços elevados pode fazer uma diferença importante. E se o produtor conseguir combiná-la com melhorias no desempenho, o impacto na rentabilidade pode ser gigantesco.

Neste contexto, um indicador zootécnico ganha importância cada vez maior: a conversão alimentar das aves. E se ela vier acompanhada de melhor ganho de peso diário e melhor empenamento com a utilização de uma ração mais barata, é ainda melhor, defende o médico veterinário e diretor Associado de Produto da Cobb-Vantress na América do Sul, Rodrigo Terra.

“A possibilidade de oferecer um alimento de menor densidade nutricional com uso de macro ingredientes (milho e soja) em menor proporção significa menor custo de ração por quilo de frango produzido, por isso atingir bons índices de conversão alimentar mesmo com uma ração mais barata é tão importante”, explica o especialista.

Conversão Alimentar

O especialista reconhece que, mesmo com os avanços já alcançados, ainda há espaço para melhorar. “O frango de corte moderno exibe avanços notáveis e contínuos e ainda não vimos nenhuma restrição para seguir evoluindo na eficiência alimentar das aves. Com a adoção de novas tecnologias, sempre encontramos mais algum espaço para evoluir e mantermos o equilíbrio com outras características”.

Pela importância na eficiência do produto e na sua competitividade, o índice de conversão alimentar tem sua evolução projetada para ser constante. “E estes ganhos são equilibrados com outras características não menos importantes, como ganho de peso e rendimento de carne de peito, por exemplo. Estudos conduzidos pela nossa equipe projetam um ganho constante de 0,020 quilo por ano. Isso em todos os nossos produtos, nos últimos anos”, afirmou Terra.

Ele calcula que uma melhora de 0,020 por quilo de peso vivo ao ano pode levar a uma economia de ração entre 3.000 e 3.200 toneladas por ano para um produtor que abate 1 milhão de frangos por semana, com um peso ao redor de 2,8 a 3,0 kg, o que representa menos ração para a mesma quantidade de frangos e no mesmo peso na comparação com o ano anterior.

O resultado final em termos de conversão alimentar é determinado por dois componentes: Consumo de ração do lote (média de todas as aves) e viabilidade. “A morte de aves no final do período de crescimento é especialmente problemática, pois a ração consumida pelas aves mortas será acumulada às aves vivas e contará negativamente na medida da eficiência alimentar do lote. O impacto da mortalidade tardia pode ser especialmente brutal no resultado final do lote e, dependendo dos termos do contrato, pode afetar o valor pago ao integrado”, explicou o executivo.

O Desafio

As empresas de genética têm dado ênfase às características relacionadas à conversão alimentar com foco na melhor eficiência produtiva de aves vivas e maior lucratividade para o produtor. Terra explica que, ao contrário do que ocorre com as características facilmente medidas, como o peso corporal por exemplo, capturar informações individuais da conversão alimentar é um desafio em ambientes “tipo” comerciais.

Ele afirma que existem duas abordagens básicas para esta questão. A primeira delas são os testes de conversão alimentar individuais de curta duração. “Neste quadro, cada ave tem acesso ao seu próprio comedouro e bebedouro. Os dados individuais são capturados e é possível obter o valor da conversão alimentar de cada frango, um recurso valioso para selecionar aqueles com melhor capacidade de conversão de ração”. A segunda abordagem são os testes de conversão alimentar em grupos, de longa duração. “Eles envolvem espaço compartilhado e possibilitam avaliação de comportamento”, explica.

Se os testes de curta duração são relativamente fáceis de implementar e gerenciar, eles também possuem limitações: “primeiramente, as aves não se encontram em um ambiente competitivo e não há oportunidade de interação social entre elas. Outro ponto é que, como cada ave possui seu próprio espaço e tem acesso à ração sem precisar competir pelo comedouro, algumas aves podem desenvolver-se melhor e apresentar boa taxa de conversão, porém essas mesmas aves e/ou sua progênie podem ser incapazes de repetir tais resultados quando desafiadas por outras aves”.

Para Rodrigo, os testes de duração mais longa, são intuitivamente melhores, uma vez que viabiliza a obtenção de medidas de eficiência alimentar que refletem um período maior da vida das aves. “Descobrir a quantidade de ração consumida individualmente pelas aves requer monitoraria de acesso de cada ave ao comedouro. Para que o crédito seja dado à ave certa no que diz respeito à quantidade de ração consumida”, afirma.

“Geneticistas continuarão buscando desenvolver os melhores testes para medir a conversão alimentar, fazendo perguntas como: A taxa de conversão alimentar medida neste teste poderá ser transmitida às futuras gerações?  Os resultados deste teste de conversão alimentar vão se repetir em campo? Como as outras características dos frangos ou matrizes serão afetadas se uma maior pressão de seleção for usada para a conversão alimentar?”, disse.

Terra afirma que fatores biológicos por trás dos testes de conversão alimentar devem sempre ser coerentes e devem ser o fator principal na tomada de decisões. “Os ganhos genéticos com o melhoramento da taxa de conversão alimentar devem ser considerados juntamente com as metas de crescimento, viabilidade, rendimento de carne e desempenho de matrizes. É necessário que haja equilíbrio para garantir bons resultados técnicos e lucratividade em todas as áreas da integração”.

Resultados em Campo

Com tantos desafios para se medir e selecionar a conversão alimentar nas aves em melhoramento, a Cobb-Vantress está otimista com os mais recentes resultados de campo do seu último lançamento. Em acompanhamento realizado pela empresa com o CobbMale, lançado no final do ano passado, a conversão alimentar melhorou em média até três pontos e o ganho de peso diário foi, em média, até dois gramas melhor. “Estes estudos demonstraram que este animal tem potencial genético para ser o mais eficiente do mercado”, anunciou o especialista.

De acordo com ele, este macho tem mostrado melhor desempenho zootécnico, mantendo a mesma qualidade metabólica do produto anterior. “Por ter excelente eficiência alimentar, o produtor pode utilizar rações mais baratas. Isso se transforma em lucro, com melhor conversão alimentar e dieta de baixo custo”, pontuou.

Resultados conquistados em campo com clientes de Estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, no Brasil, mostraram, em uma avaliação de desempenho do CobbMale na comparação com um Concorrente A, que o novo produto tem uma conversão alimentar melhor em 30 gramas, em média, por quilo de peso vivo, o que significa importante diferença de eficiência, ainda mais neste momento de custos altos de matéria-prima.

Uma análise sobre essa diferença média de 30 gramas de ração em uma empresa que abate 1 milhão de aves por semana com peso de abate de 2,90 quilos representa uma economia de 4,524 mil toneladas por ano, afirma Terra, que salienta a confiança nestes resultados. “Todos os números de desempenho em campo são muito bons. É um animal que veio para trazer uma qualidade muito boa para a avicultura com todos os tipos de ração ou densidade nutricional”, pontuou ressaltando ainda um alto rendimento de carnes nobres. “Versátil, ele também apresentou melhor rendimento de carcaça e qualidade de empenamento”, afirma.

“Ficamos muito satisfeitos, ele demonstrou melhor desempenho e vem com muita qualidade metabólica, uma qualidade de saúde muito boa”, pontuou o especialista. “É uma característica do CobbMale. Ele ganha peso muito mais rápido e consegue converter e aproveitar o que consome mais rapidamente”.

Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.

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