Mesmo que o agronegócio brasileiro tenha atingido recorde histórico de exportações no mês de agosto de 2021, quando alcançou a marca de US$ 10.9 bilhões, o economista e docente do ISAE Escola de Negócios, Carlos Magno Bittencourt, alerta que problemas persistem.
Segundo o profissional, o País precisa aprofundar os acordos comerciais que prevalecem a via de duas mãos. “O mundo precisa de alimentos e o Brasil apresenta vantagens competitivas que podem expandir o agronegócio e facilitar a conquista de novos mercados”.
Para ele, as expectativas para a produção brasileira de grãos deverão bater um novo recorde histórico nesta safra 2021/22, que está em fase de plantio. Tal aumento é resultado de um crescimento de 3,6% da área plantada, para 71,5 milhões de hectares, e de um avanço de 10,2% na produtividade média das plantações, para 4.088 quilos por hectare.
Ainda neste cenário, e aliada às boas colheitas, a agropecuária também apresentou crescimento significativo, com 185 mil novas vagas de trabalho abertas de janeiro a agosto de 2021. As vendas externas de carnes (bovina, suína e de frango) somaram 2,09 bilhões de dólares, um avanço de 40,5%, marca inédita desde 1997. “Estamos presenciando um avanço rápido do Brasil no mercado externo nesse setor”, comenta o economista.
No entanto, apesar das boas expectativas, existe uma forte preocupação com chuvas irregulares previstas para os principais Estados produtores até o fim deste ano. Além disso, os custos com a logística para o transporte de cargas ainda incomodam os produtores rurais. “Diante da crise ocasionada pela Covid-19 surgiu um outro gargalo para as exportações brasileiras, a falta de containers para atender a demanda internacional, o que contribuiu para o desequilíbrio das cadeias globais”, diz, ao reforçar que “precisamos aprofundar os acordos comerciais que prevalecem a via de duas mãos, para abrir importando e ampliando as exportações”.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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