Wellington Torres, de São Paulo (SP)
“Um ano de satisfação”, assim define o CEO do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zanni, após apresentar o balanço de 2022. Estimativa final de crescimento é de 1,3%.
Durante cerimônia realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, Zanni pautou o desenvolvimento setorial ao longo do ano, assim como também destacou os principais gargalos. Encontro ocorreu na noite dessa quinta-feira (09).
De acordo com o levantamento divulgado pelo Sindirações, a produção nacional de rações anual deve somar 82 milhões de toneladas. Neste cenário, os segmentos com perspectivas de melhor desempenho são suinocultura e gado de corte, respectivamente com altas de 4% e 3%. Na contramão, se encontram aves poedeiras, com queda de 4% e bovinocultura de leite, com 3%. As porcentagens tiveram como base de comparação o ciclo anterior.
Para o profissional, os movimentos de alta não tão robustos, como em anos anteriores, tem como justificativa o ambiente inflacionário que atingiu toda cadeia produtiva global de proteína animal, como o acarretado pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
No entanto, como defende Zanni, “é louvável o desempenho do setor diante da escassez de insumos e da inflação cambial, as quais continuam turbinando os custos de produção e os preços de produtos e serviços que corroeram o poder de compra dos consumidores”.
“É um ano de satisfação, pois em decorrência de tantas intemperes e dificuldades que esse ele reservou – inclusive para a nossa atividade agropecuária – o setor, que contribui fortemente para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), conseguiu avançar”, comemora, ao reforçar que foi possível manter a estabilidade ao se atentar às diferentes demandas das espécies acompanhadas.
Para 2023, o CEO frisa que a projeção de desempenho está além dos fatores de risco ou sucesso inerentes do setor, uma vez que, “apesar da aflitiva instabilidade geopolítica e fragilidade socioeconômica contemporânea”, há “um invejável desempenho do Brasil como protagonista global na produção e exportação de gêneros agropecuário”.
Segundo ele, isso ocorre “em boa parte, pela inovação e pelo robusto potencial energético renovável, necessário ao combate dos indesejáveis efeitos das alterações climáticas”, que ganham cada vez mais destaque na produção, venda e consumo de alimentos.