João Paulo Monteiro | [email protected]
Na avicultura, a tendência de crescimento na oferta global deve se consolidar em 2024, com expectativa dos principais países produtores manterem o ritmo de aumento por mais um ano. Trata-se de um cenário positivo para o Brasil.
“2024 tem tudo para ser um ano melhor que 2023”. A análise otimista parte do presidente da Aviagen para a América Latina, Ivan Lauandos.
Um dos motivos é a relevância brasileira no comércio global. Como informa Ivan, a participação das exportações em relação ao total da produção foi, em 2023, de 33,5%.
“Com a pandemia, o Brasil fortaleceu e muito o seu posicionamento como um fortíssimo player do agro. O mundo chegou à conclusão de que precisa do Brasil como fornecedor de energia, alimento e fibras”, analisa o executivo da Aviagen.
Para Ivan, as perspectivas são excelentes. A demanda externa continuará forte para o Brasil em 2024; ainda mais devido aos impactos da influenza aviária em vários países. “Acredito em um aumento dos embarques acima de 4%”, projeta.
Nesse cenário, o presidente da Aviagen para a América Latina ressalta o compromisso contínuo da companhia com o País, evidenciado pelos constantes aportes. “Estamos realizando investimentos substanciais no Brasil, acreditando plenamente em seu potencial”.
Entre aqueles em andamento, destaque para a construção de uma nova granja de avós em Santo Antônio da Alegria, no estado de São Paulo, projetada para produzir aproximadamente 3,8 milhões de matrizes por ano.
Ainda, recentemente a Aviagen inaugurou uma granja de bisavós em Sarutaiá, “visando aumentar a produção de avós e, assim, reforçar a margem de segurança”, acrescenta Ivan.
A expansão da empresa não se limita a projetos de grande porte, incluindo iniciativas menores, como a construção de novos núcleos em granjas já existentes, como no caso da granja de Luziânia, onde a Aviagen planeja, também, a ampliação do incubatório.
Nos últimos cinco anos, informa o presidente, a Aviagen investiu 596 milhões de reais no país, principalmente com foco no aumento da capacidade produtiva de avós e matrizes, bem como em iniciativas voltadas para energia limpa e um novo produto.
O novo produto da Aviagen, com foco em baixo custo de frango vivo, designado temporariamente como APn, tem como projeção 50 a 60 gramas a mais de peso na mesma idade que o Ross 308 AP e uma melhor eficiência alimentar (15 a 20 gramas a menos de alimento por quilo de frango), com uma redução de aproximadamente 6 a 8 pintos por fêmea alojada. “Um produto robusto e com menor mortalidade, que, junto com o Ross 308 AP, amplia o portfólio de produtos da Aviagen no Brasil e na América do Sul”, finaliza Ivan.
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