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AQUICULTURA

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Recorde: receita das exportações de peixe cresce 15% em 2022

Embarques de tilápia, que respondem por 98% do total, aumentaram 28%
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Um levantamento realizado pela Embrapa Pesca e Aquicultura junto à Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) aponta que a receita das exportações brasileiras de peixes atingiu recorde quando aumentou 15% no ano passado e chegou a US$ 23,8 milhões. 

Os embarques de tilápia, que responderam por 98% do total, aumentaram 28%, para US$ 23,2 milhões. O crescimento da oferta, especialmente de tilápia, e a busca por novos canais de venda em meio à estagnação da demanda interna deram impulso aos embarques, segundo o pesquisador da Embrapa, Manoel Pedroza Filho.

“O avanço do setor é o resultado do aumento da profissionalização e da escala de produção das empresas. Isso permitiu a entrada no mercado internacional que é bastante exigente em termos de qualidade e volume”, pontuou.

De acordo com o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, o volume da piscicultura nacional cresceu 2%, para 860 mil toneladas. Conforme explica, a tilápia predomina nos negócios, mas os peixes nativos continuam tendo muita relevância.

Juntas, Embrapa e Peixe BR projetam um forte aumento das vendas no segundo semestre. A perspectiva de reabertura do mercado europeu para o pescado brasileiro, que está fechado desde 2018, é um dos fatores que alimentam as expectativas de nova expansão em 2023.

No ano passado, o primeiro semestre foi melhor do que o segundo, com embarques de US$ 14,3 milhões. O montante foi do que o dobro das exportações do mesmo período de 2021.

Pouco mais de 80% das exportações foram para os Estados Unidos – que importou o equivalente a US$ 19 milhões, ou 43% a mais do que no ano anterior. No ranking dos compradores do pescado brasileiro aparece, em um distante segundo lugar, o Canadá, com 5%.

O pesquisador da Embrapa relata que os norte-americanos compraram majoritariamente peixes congelados, filés frescos ou refrigerados e filés congelados. “No caso deste último, as exportações aumentaram 80%, o que reforça uma tendência de crescimento dessa categoria que tínhamos detectado ao longo de 2021”, realça.

Dentre os Estados que exportaram peixes em 2022, o Paraná liderou, com 58% do total. Mato Grosso do Sul e Bahia apareceram na sequência, com fatias de 18% e 11%, respectivamente.

A receita com os embarques de tambaqui foi a segunda mais alta – o montante, de US$ 268 mil, foi 51% menor do que o de 2021. A categoria dos surubins ficou na terceira posição, com US$ 114 mil. O crescimento no ano, de 186%, foi o maior entre todas as espécies.

Fonte: Valor Econômico, adaptado pela equipe Feed&Food.

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