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Ranking dos Laticínios reúne responsáveis por 72% da alta na captação de leite

Cinco novas empresas aderiram à seleção da Abraleite
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O benchmarking desempenha um papel crucial na pecuária leiteira, oferecendo aos produtores uma ferramenta valiosa para avaliar e melhorar o desempenho de suas operações.

Ao comparar seus processos, práticas e resultados com os melhores do setor, os produtores podem identificar oportunidades de otimização e implementar estratégias para aumentar a eficiência, reduzir custos e maximizar os lucros. 

Além disso, o benchmarking permite que os produtores identifiquem áreas de melhoria em termos de produtividade, qualidade do leite, saúde do rebanho e bem-estar animal, ajudando-os a estabelecer metas realistas e alcançáveis para elevar o padrão de sua produção. 

Ao buscar constantemente referências externas e adaptar as melhores práticas ao contexto específico de sua operação, os produtores de leite podem impulsionar sua competitividade e sustentabilidade a longo prazo no mercado cada vez mais desafiador da pecuária leiteira.

Por isso, a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), com apoio da CNA, Embrapa Gado de Leite, G100 e Viva Lácteos, divulga o Ranking dos Laticínios do Brasil. Participaram do ranking 17 laticínios e cooperativas, cinco empresas pela primeira vez, sendo nove cooperativas e oito empresas privadas.

A captação das 17 empresas somou 9 bilhões de litros, representando 37% do total do leite sob inspeção no Brasil (Foto: divulgação)

A edição de 2023 completa 27 anos ininterruptos com a maioria das empresas participando desde 1997. Este ano, o patrocinador exclusivo é a empresa Alta Genetics do Brasil.

O Laticínios Bela Vista ocupou, pelo quarto ano consecutivo a primeira posição no ranking com captação de, aproximadamente 1,8 bilhão de litros de leite em 2023, crescimento de 13% em relação a 2022. A Unium, Intercooperação de Lácteos das cooperativas Frisia, Castrolanda e Capal, manteve o segundo lugar com, aproximadamente 1,5 bilhão de litros, um crescimento de 14%.

  • Diferente de 2022, quando houve uma queda na captação da soma das empresas que participaram do ranking em -2,4%, no ano de 2023 houve um crescimento de 5%. No mesmo sentido caminhou a Pesquisa Trimestral de Leite, divulgada pelo IBGE, que teve um crescimento no leite inspecionado de 2,5%;
  • As 17 empresas participantes do ranking foram responsáveis por 72% no crescimento de captação de leite inspecionado total do Brasil do ano de 2022 para 2023. O volume de leite entregue diretamente por produtores a estas empresas cresceu 6,5%, contra uma queda de -2,7% no leite adquirido de terceiros;
  • A captação das 17 empresas somou 9 bilhões de litros, representando 37% do total do leite sob inspeção no Brasil, que somou 24,5 bilhão  de aproximadamente 1.800 laticínios sob todos os tipos de inspeção;
  • O número de produtores caiu 4,2% em 2023 em relação ao ano de 2022. O tamanho médio das propriedades medido em litros/produtor/dia teve um crescimento de 10,5% passando de 426 em 2022 para 471 em 2023.

A conclusão destes resultados do Ranking dos Laticínios de 2023, de acordo com o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, é que ele espelha a situação vivida no mercado. “As indústrias comprando maior volume de leite, a despeito de todas as adversidades enfrentadas, provavelmente para ter maior escala de produção e reduzir custos”, pontua. 

Para Geraldo Borges, ranqueamento é importante poiso setor leiteiro “carece muito de informações” (Foto: reprodução) 

Além de 13 das 17 empresas registrarem aumento na captação, o tamanho da produção diária média do produtor também em crescimento mostra que a queda no número de produtores foi decorrente de aumento de custos e queda de rentabilidade, causando grande desestímulo a milhares de produtos, sobretudo aos pequenos. 

Ele também comenta sobre a adesão de cinco novos laticínios que participaram pela primeira vez: “A Abraleite vai continuar trabalhando para aumentar o número de empresas participantes, lembrando da importância de participarem, para termos mais dados e informações do nosso setor leiteiro, que carece muito de informações”. 

O 1° vice-presidente da Abraleite, Roberto Hugo Jank Jr, define: “O número mostra que o leite está mais concentrado nos maiores laticínios.  Como a produção total do país não sobe há 10 anos, houve migração do leite informal para formal e dos menores laticínios para os maiores. Mas o fato dos laticínios maiores concentrarem mais leite não significa que a produção do país aumentou. A importação foi recorde e ocorreu por arbitragem cambial e custo internacional baixo, não por demanda. Houve saída expressiva de produtores da atividade e quem está ficando, está crescendo”.

Fonte: Abraleite, adaptado pela equipe FeedFood.

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