Em decorrência da robusta exportação de carne de frango, mercado consumidor interno da proteína observa alta nos preços. Peito e filé renovam recordes, como aponta levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Material foi publicado nesta sexta-feira (29).
Como explica o Cepea, “mesmo com os recentes recuos dos preços da carne de frango, os altos patamares registrados no começo de abril garantiram aumento na média mensal. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado registra média de R$ 7,90/kg na parcial de abril (até o dia 28), 11,2% superior à de março e a maior, em termos nominais, desde outubro de 2021”.
Ao que diz respeito ao produto resfriado, a valorização mensal é de 11,9%, com a média a R$ 7,91/kg neste mês. Para os corte e miúdos, o cenário também foi de alta no comparativo mensal, principalmente para o peito e o filé de peito comercializados no atacado da Grande SP, cujos valores renovaram os recordes nominais nas respectivas séries do Cepea, iniciadas em 2004.
“Para o filé de peito congelado, a média da parcial de abril está em R$ 15,55/kg, alta de 8,6% frente à de março. Quanto ao peito, a média mensal está em R$ 11,66/kg, forte aumento de 18,8%”, destaca o Centro de Estudos.
Para os pesquisadores responsáveis pelo levantamento, um dos principais fatores que vem mantendo em alta o preço médio da proteína no Brasil é o contexto internacional. “A oferta mundial de carne de frango tem sido limitada por casos de gripe aviária em importantes países produtores, como os Estados Unidos. Além disso, o conflito na Ucrânia interrompeu a produção do país, que é um grande player mundial”, pontuam, ao ressaltar que, neste cenário, a demanda externa tem se voltado ao Brasil.
“Relatório preliminar da Secex aponta que, nos 14 primeiros dias úteis de abril, a média de exportação diária de carne de frango in natura foi de 22,8 mil toneladas, a maior da série histórica, iniciada em 1997”, finaliza o Cepea.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feed&food.
LEIA TAMBÉM:
MAPA aponta dicas para compra de pescados