O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), informou que a arroba do boi gordo caiu 23% entre os meses de janeiro e setembro e o preço do leite ao produtor – média brasileira teve redução de 9,3% no mesmo período. Além da importação de 1,4 bilhão de litros que a pecuária leiteira sentiu até o mês de agosto.
O investimento em genética de qualidade hoje, em cenários como este, se torna indispensável, ajustar os custos é necessário, contudo sem abrir mão da produtividade das próximas gerações, fator essencial para a mudança de rota, que possibilita o melhor retorno econômico viável após a virada do ciclo.
“A boa notícia é que há espaço para contínuo avanço do desempenho produtivo e reprodutivo. As empresas de genética fazem a sua parte e investem como nunca em produtos e serviços de qualidade para o sucesso dos produtores. E estamos falando de carne e de leite. A população global continua em crescimento e o mundo conta com o Brasil para a oferta de alimentos saudáveis e seguros”, destaca o diretor da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), Sérgio Saud.
Para Saud, é importante destacar que a pecuária é uma atividade de ciclo longo que são precisos pelo menos dois anos para ter um bovino pronto para o abate ou uma vaca produzindo leite. Assim, é necessário ter uma visão de longo prazo. “Quando o mercado mudar, o pecuarista que investe em genética, sanidade e nutrição animal colherá o que plantou”, afirma o diretor.
De acordo com o Cepea, o peso médio dos bovinos tem sido elevado constantemente, atingindo o ápice nos últimos dados disponíveis em 2021. Em duas décadas, ele saltou de 228 kg para 278 kg, com elevação de 21,9%, resultado que corresponde não apenas para colocar no mercado melhores carcaças, mas também para impulsionar a produtividade e atender aos mercados internacionais.
Ainda na pecuária de corte, o levantamento do Cepea mostra que os bezerros chegam aos 7 meses, idade de desmame, cada vez mais pesados. Atualmente está em 210 kg, com aumento de 12%, o que há uma década no Mato Grosso do Sul era de 187,5 kg.
Desde 2013, o melhoramento genético do rebanho leiteiro também fica evidente, a produtividade da vaca era de 1.500 litros por ano e agora está em 1.825, conforme apresenta a Embrapa Gado de Leite.
Essas e outras informações podem ser acessadas gratuitamente no Anuário ASBIA, que acaba de ser lançado no site da entidade.
Fonte: Globo Rural (ARTIGO), adaptado pela equipe FeedFood.
LEIA TAMBÉM:
PIB do agro tem avanço acumulado de 0,5% em 2023