O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou dois casos de gripe aviária (H5N1) no Paraná. O primeiro foi anunciado na sexta-feira (23) e o segundo, divulgado no último domingo (25).
Assim como no primeiro caso, a doença foi detectada em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real. O vírus de alta patogenicidade foi identificado em Antonina e em Pontal do Paraná, ambas cidades do litoral do Estado. Um terceiro caso está sob investigação na Ilha do Mel, em Paranaguá. A mesma espécie é o vetor suspeito.
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) dá andamento às medidas de vigilância em propriedades em torno do foco. O órgão destacou que, na região onde o primeiro animal infectado foi encontrado, não há propriedades de produção comercial em um raio de 10 quilômetros.
Desde que a doença começou a ser registrada no Brasil neste ano, produtores do Paraná e o governo tem feito esforços para evitar focos em granjas. O Estado é o maior produtor e exportador de carne de frango do país.
Os dois diagnósticos de gripe aviária do Paraná foram feitos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional no assunto. Até este domingo (25), 152 investigações de casos suspeitos foram realizadas no Paraná.
“O litoral do Estado do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva, ficando distante de locais com a produção intensiva”, afirmou nota técnica da agência.
Em nota, a Adapar afirmou que “promoveu a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, e conta com médicos veterinários com dedicação exclusiva e capacidade técnica elevada na área, para atendimento das questões sanitárias da cadeia avícola”.
Até o momento, não houve registro da doença em frangos no Brasil. Segundo o MAPA, o Brasil tem 48 casos confirmados da doença, todos em aves silvestres. Desde maio, o País está em estado de emergência zoossanitária por conta dos novos casos. A medida é válida por seis meses.
Fonte: G1, adaptado pela FeedFood.
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