O uso de antibióticos na suinocultura é um tema que tem despertado discussões no setor agropecuário. Embora essenciais para o tratamento de doenças nos animais, o uso indiscriminado pode gerar problemas graves, como a resistência antimicrobiana.
O Brasil tem realizado esforços contínuos para regular o uso de antibióticos na produção animal. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem estabelecido diretrizes para reduzir o uso excessivo desses medicamentos, com foco na segurança dos produtos alimentares. No entanto, o país ainda enfrenta desafios para atingir os padrões adotados por nações desenvolvidas, como os países da União Europeia, que já possuem regulamentações mais rígidas e avançadas nesse sentido.
A diminuição do uso de antibióticos na suinocultura é uma questão fundamental em diversos aspectos. Primeiramente, para prevenir a resistência antimicrobiana, que pode comprometer a eficácia dos tratamentos tanto para humanos quanto para animais. Além disso, essa redução melhora a saúde geral dos suínos, promovendo uma produção mais sustentável e menos dependente de intervenções farmacológicas, promovendo práticas mais sustentáveis e resultando em produtos de melhor qualidade, capazes de atender a mercados que exigem práticas mais seguras e responsáveis.
A Portaria 798 do MAPA estabelece critérios rigorosos para o uso de medicamentos nas fábricas de ração, exigindo que as granjas implementem boas práticas de fabricação para evitar contaminações cruzadas. Além disso, a Resolução da ANVISA proíbe o uso de antibióticos de uso humano na alimentação animal, reforçando a necessidade de conformidade com as normas.
Entre as práticas alternativas adotadas pela Suinco Feed estão o uso de probióticos e prebióticos, que melhoram a saúde intestinal dos animais, e o emprego de aditivos naturais na alimentação, que auxiliam na redução do estresse e no fortalecimento do sistema imunológico. Isso se reflete nos pacotes nutricionais personalizados oferecidos aos cooperados, que contribuem diretamente para a saúde dos animais.
Além disso, a empresa tem promovido o uso de vacinas, boas práticas de manejo sanitário e o melhoramento genético, visando selecionar linhagens mais resistentes a doenças, necessitando de menos intervenções medicamentosas, juntamente de uma análise criteriosa de cada lote de suínos enviado ao frigorífico, assegurando a qualidade e a segurança alimentar.
Ademais, a Suinco está alinhada com associações de suínos, como a ASEMG e a ABCS, que desempenham um papel fundamental na transmissão de informações e conscientização do setor sobre diversos aspectos da cadeia produtiva de suínos. Um dos focos das associações é conscientizar a cadeia sobre a utilização consciente e eficaz de antibióticos, adotando uma visão integrada entre o bem-estar animal, a biossegurança, os programas efetivos de vacinação, um bom diagnóstico, monitoramento das doenças e a implementação de substitutivos aos antibióticos. Essas e outras ações reforçam ainda mais nosso compromisso com toda a cadeia produtiva.
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