A fim de reduzir as emissões de metano, o apoio do Brasil ao compromisso global durante a COP 26, em Glasgow, foi uma das principais conquistas da Conferência, segundo a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina.
Nesta segunda-feira (22), durante uma coletiva de imprensa, a ministra disse que o Brasil já desenvolve técnicas para a redução de gases de efeito estufa, como o metano e o carbono. Além dela, também participaram da coletiva o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e das Relações Exteriores, Carlos França.
Tereza Cristina, comentou que, “muito mais do que problemas, isso trará grandes oportunidades para nossa pecuária ser cada vez mais eficiente. A nossa agricultura tropical já faz a redução de vários gases, não só do metano e também do carbono. Temos muito a mostrar do que já vem sendo feito e o que mais vamos poder fazer, principalmente na pecuária, a partir das novas tecnologias que surgiram nos últimos anos”.
Participação verde e amarela
O Brasil levou para a COP26 vários temas em que já trabalha para a sustentabilidade na agricultura e na pecuária, assim como cases de realidades que já acontecem no campo. O Ministério da Agricultura também apresentou a segunda etapa do Plano ABC+, com tecnologias de baixa emissão de carbono praticadas pela agropecuária brasileira e as metas para a próxima década.
A ministra, destacou que, “nós precisamos levar toda essa tecnologia e processos de produção, cada vez mais, principalmente para os pequenos produtores. O Brasil tem 6 milhões de propriedades rurais e nós precisamos democratizar e universalizar essas tecnologias para que os produtores rurais produzam de maneira cada vez mais sustentável”.
Para ela, o compromisso global de redução de 30% nas emissões é voluntário e que o Brasil já desenvolve várias ações que podem contribuir para essa meta. “Já temos uma série de processos que vão ser melhor quantificados por nós, para que o Brasil possa assumir qual será a sua meta dentro desses 30%”, disse.
Algumas estratégias para reduzir a emissão de metano já estão em vigor, entre elas, o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, que permite o abate precoce. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como taninos e óleos essenciais.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.
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