A Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, lançou na última quinta-feira (02) seu Relatório de Sustentabilidade 2021, com objetivo de disseminar, para todos os seus públicos, informações financeiras e socioambientais sobre a companhia de forma clara, direta e concisa. Além de abordar o desempenho recorde da Marfrig no ano, o documento – que está na 16ª edição – faz um balanço dos avanços da companhia em práticas ESG (sigla em inglês para meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa), tema que permeia e guia a atuação da empresa e originou o Programa Marfrig Verde+. Lançado em julho de 2020, o projeto foi fortalecido e consolidado em 2021, rumo à meta de ter 100% da cadeia de fornecimento da Marfrig livre de desmatamento até 2025, no Bioma Amazônia, e até 2030, no Cerrado e demais biomas.
Nesse sentido, a Marfrig investiu, no ano passado, 30 milhões de dólares na gestão da cadeia de fornecedores da Amazônia e do Cerrado. Alcançou uma taxa de identificação (via satélite) de 100% das fazendas fornecedoras diretas. Quanto ao monitoramento de fornecedores indiretos – um dos maiores desafios da cadeia agropecuária nacional – a companhia identificou a origem de 63% dos indiretos da Amazônia e 67% dos indiretos do Cerrado. A média geral de identificação de fornecedores indiretos em todos os biomas brasileiros foi de 64%. Para isso, a Marfrig usou diversos instrumentos, como o mapa de mitigação de riscos na Amazônia, que identifica áreas expostas a desmatamento e conflitos sociais. Nos demais países latino-americanos onde a Marfrig opera, as taxas de identificação de fornecedores indiretos foram de 100% no Uruguai, 82% na Argentina e 79% no Chile.
Em consonância com o princípio de produção-conservação-inclusão do Marfrig Verde+, a companhia realizou, em 2021, a reinclusão de mais de 2.000 fazendas no cadastro de fornecedores, por voltarem a operar em conformidade com os compromissos socioambientais da empresa; o número representou 26% dos fornecedores ativos no período.
A Marfrig também avança nas ações de descarbonização de sua cadeia de fornecimento com o Marfrig Club, programa que recomenda, para os produtores, práticas sustentáveis como: oferecer aos animais alimentação proveniente de áreas e pastagens corretamente manejadas, o que permite fixação de carbono no solo; produção de animais por meio de sistemas de baixa emissão, o que inclui a precocidade e o abate em prazo menor, reduzindo a emissão de metano; investimentos em melhoria da qualidade genética; orientações sobre práticas e processos agrícolas eficientes (manejo de pastagens, alimentação animal e destinação de resíduos).
“Mais do que reportar dados, queremos estabelecer uma comunicação próxima e transparente com nossos públicos, por meio de um relatório cada vez mais integrado e claro”, diz o diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, Paulo Pianez. “Temos avançado muito ao longo destes mais de 15 anos e o resultado é um documento completo, que mostra onde geramos mais impacto positivo e quais os pontos de atenção. Acima de tudo, essas conclusões nos ajudam na tomada de decisões em linha com a nossa estratégia”, completa.
Bem-estar animal
A Marfrig investiu, no ano passado, 2,3 milhões de dólares em melhorias de práticas globais de bem-estar animal. Conseguiu que 100% das atividades frigoríficas (bovinos) fossem auditadas em bem-estar animal, processo realizado por terceira parte. Já 94% das unidades de abate (bovinos e ovinos) foram auditadas nos padrões NAMI de bem-estar animal (o principal do mundo). A companhia forneceu 1.070 horas de treinamentos sobre o tema e conseguiu que 80,42% do gado fosse transportado em percursos com duração igual ou inferior a oito horas.
Reconhecimento
Entre as conquistas no Relatório de Sustentabilidade está o desempenho da companhia no ranking Coller FAIRR Protein Producer Index 2021: a Marfrig é a empresa de proteína bovina com melhor colocação e única do setor classificada como de baixo risco. O estudo é referência para investidores estrangeiros que usam critérios ESG em suas tomadas de decisão. A empresa foi a primeira de proteína bovina do Brasil a se comprometer e ter suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa validadas pela Science Based Targets initiative (SBTi), referência internacional para definição de metas de redução de emissões, com base científica, assumidas pelo setor empresarial. Também é a única empresa do setor, nas Américas, a alcançar a colocação “Tier 2” no BBFAW, referência global na avaliação da gestão de bem-estar animal. E novamente a única, mas em âmbito global, a registrar nota A em segurança hídrica, pelo segundo ano consecutivo, no CDP (plataforma global que reúne dados da performance ambiental de empresas, considerados por investidores em suas análises).
Novidades
No ano passado, a Marfrig abateu mais de 1.000 animais com rastreabilidade desde o nascimento, adquiridos de fazendas que participam do Programa Bezerro Sustentável, coordenado pela IDH (Iniciativa para o Comércio Sustentável), no Mato Grosso. Será investido 1,75 milhão de euros no projeto (até 2025) em apoio técnico e ambiental a pequenos produtores.
A empresa adotou uma plataforma de rastreabilidade baseada em blockchain (Conecta), à qual 3,8 mil produtores diretos tiveram acesso. E lançou o Portal do Pecuarista, canal de comunicação com produtores parceiros que oferece informações e conteúdos sobre assuntos como venda de gado, abate, gerenciamento, sustentabilidade e bem-estar animal. Em paralelo ao portal, a Marfrig promoveu webinares mensais com especialistas sobre temas que impactam a produção pecuária, tais como “Desafios da pecuária”; “Produção através de seleção genética”; “Importância da água no controle sanitário do rebanho”; Melhoramento genético para potencializar a produção do gado Nelore” e a “Importância a pesagem dos animais”. Foram contabilizados mais de 2,3 mil acessos a este material.
Recursos naturais
Em 2021, a Marfrig investiu mais de 23 milhões de reais em melhorias relacionadas à gestão da água nas unidades, principalmente reformas de reservatórios de água tratada e revitalizações no sistema de tratamento. O valor representa aumento de 26% sobre o investimento do ano anterior. Em relação aos gastos operacionais, foram desembolsados 43 milhões de reais para melhorias no tratamento de afluentes e efluentes, além de manutenções gerais, soma que supera em 66% o total de 2020.
Mais de 90% da energia utilizada nas operações da Marfrig foram adquiridas no mercado livre e 58% das unidades brasileiras adotaram reúso de água no último ano. Todas as unidades da companhia no mundo têm Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs). No Brasil, 16% das operações adotam a fertirrigação nas rotinas de trabalho.
A Marfrig tem como meta reduzir o volume de água consumido para a produção de uma tonelada de alimentos em 20% até 2035 (ano-base 2020). Para definir esse compromisso, distribuiu os volumes de redução do consumo de água a serem perseguidos pelas unidades operacionais, considerando a situação hídrica de cada uma. Ou seja: unidades em áreas de estresse hídrico têm metas mais desafiadoras que regiões com maior disponibilidade hídrica. Outro diferencial é que a meta de redução do consumo de água está vinculada à remuneração variável dos responsáveis pelas unidades e diretoria.
Para ter acesso ao relatório na íntegra, acesse.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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