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Inovação da agropecuária brasileira é pauta em evento

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As ações do Brasil para aumentar a produtividade no campo aliada à preservação dos seus recursos naturais e de sua biodiversidade estão sendo apresentadas nesta semana a representantes do governo, do setor privado, de instituições acadêmicas e da sociedade civil da Europa. Na série de diálogos denominada AgriTalks, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fernando Camargo, apresentou em Madri, Berlim e Roma as oportunidades e desafios de políticas para agricultura sustentável. 

Ao trazer dados sobre a produção agrícola brasileira, o secretário pontuou na reunião em Berlim, na terça-feira (24), que os encontros são uma oportunidade de dialogar com a Europa e trazer informações de fontes primárias e confiáveis. Ele mostrou que atualmente o Brasil preserva 66% de seu território em áreas públicas e privadas, o que equivale a 5,64 milhões de quilômetros quadrados.  

“Isso equivale a 23 vezes o território do Reino Unido, 136 da Holanda, 11 da Espanha e nove territórios equivalentes à França. Os dois pilares da agropecuária sustentável do Brasil são produzir e conservar”, ressaltou Camargo.  

Segundo ele, o grande futuro da agropecuária brasileira está na recuperação das pastagens degradadas. “Hoje temos 90 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil que podem ser recuperadas. Isso significa que é sobre essa nova área que será a nova fronteira agrícola e de pecuária no Brasil. Não é no bioma amazônico”, enfatizou.  

Até a década de 1970, o Brasil era um importador líquido de alimentos, e hoje exporta para mais de 200 países e alimenta cerca de 10% da população mundial. Entre 1976 e 2020, o Brasil aumentou a produtividade em 400%, aumentando apenas 50% o uso da terra.   

“Isso foi conquistado com muita inovação, muita ciência e muita tecnologia, especialmente por meio da Embrapa. Esse é o segredo da nossa agricultura, aliado ao espírito empreendedor do nosso agricultor”, disse o secretário. Ele explicou que essa mudança foi feita com a transformação de solos pobres, especialmente no Centro-Oeste brasileiro, em solos férteis, com a adaptação de animais e cultivares.  

Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.

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