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Gerência e planejamento devem estar no radar do agrônomo

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Wellington Torres, de casa

wellington@ciasullieditores.com.br

De suma importância para o desenvolvimento humano, o engenheiro agrônomo é o profissional responsável por estudar, definir e aplicar técnicas e métodos com o objetivo de potencializar a produtividade do setor agropecuário.  Por isso, no dia de hoje, 13 de setembro, ao comemorar o Dia do Agrônomo, parabenizamos todos os profissionais do setor.

Segundo o agrônomo e pesquisador na Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Fernando Mendes Lamas, o profissional da área se encontra dentro das ciências agrárias com uma formação bem eclética. “Isto lhe proporciona atuar em várias atividades. Temos formação sólida na área de engenharia agrícola (irrigação, construções e mecanização), tecnologia de alimentos de origem animal e vegetal, zootecnia (manejo e nutrição de animais domésticos), na área biológica, administração e economia”.

Para Lamas, o conjunto de disciplinas permite uma ótima formação com visão holística, o que facilita sobremaneira o exercício profissional, pois consegue-se ver as diferentes facetas de uma atividade.

“[Por exemplo], o engenheiro agrônomo tem formação para trabalhar com a questão de produção animal, especialmente no que se refere a manejo e nutrição, no momento que as exigências dos consumidores têm que ser levadas em consideração, pois assim eles exigem”, destaca o profissional.

Neste cenário, entre os pontos de atenção do profissional, se encontram o bem-estar animal, rastreabilidade e integração. “Atualmente, integração é quase que uma palavra de ordem na produção agropecuária. Na integração lavoura-pecuária-floresta, e em seus diversos arranjos, o agrônomo tem forte atuação, sendo indispensável para viabilização desse novo modelo de agropecuária. Integração e intensificação são fundamentais quando se pensa em sustentabilidade”, reforça o pesquisador.

De olho no futuro

De acordo com Lamas, atualmente, o papel do engenheiro agrônomo é bem diferente, quando comparado com àquele que era exigido quando se formou. “A principal diferença é em função da quantidade de informação que o produtor tem à sua disposição. O acesso à informação é algo extraordinário e isso faz toda diferença”.

“Hoje, o agrônomo precisa ter mais visão estratégica, pois não basta produzir. É preciso produzir aquilo que o mercado quer comprar. Com o ritmo acelerado da geração de conhecimento, o agrônomo de hoje, tem que fazer o mínimo de força física e trabalhar ao máximo a questão intelectual”, afirma, ao complementar que, “são pequenas coisas que fazem grandes diferenças”.

Por isso, se atentar à mobilidade e a conectividade é fundamental. “O Agrônomo na atualidade deve se preocupar muito mais com questões gerenciais e planejamento, é preciso ter conhecimento das demandas e oportunidades, visando transformá-las em negócio. Sujar a botina, ainda é preciso, mas isso somente não resolve, é preciso estudar e conhecer, buscar novas alternativas”, aconselha.

Nota: entrevista com o profissional ocorreu em 2020.