Para atingir melhor performance produtiva e uma melhor qualidade do frango de corte é importante que todas as etapas de produção estejam conectadas, desde a criação de matrizes e formação do ovo, passando pela incubação e primeira semana de vida do pintinho, além da produção em campo até chegar no frigorífico, defendeu o médico veterinário e especialista Mundial em Nutrição da Cobb-Vantress, Vitor Hugo Brandalize. “Muitas vezes acontece uma desconexão entre as diferentes áreas da produção avícola com impactos importantes na qualidade do produto final e perdas de performance, o que representa um custo ainda maior pelo frango produzido”, disse o especialista.
Ele calcula que entre os períodos de formação dos ovos, considerando ainda os 21 dias de incubação e a primeira semana de vida dos pintinhos, juntos, representam mais de 50% da vida produtiva de um frango de corte de três quilos. “É por isso que não podemos desconectar as diferentes fases de vida destes futuros pintinhos. Todas as fases de vida da ave devem estar diretamente conectadas”, salientou Brandalize durante a palestra “Nutrição da reprodutora e transferência de nutrientes para a progênie”, realizada virtualmente em evento realizado pela Amevea do Equador, a Associação de Médicos Veterinários Especialistas em Avicultura do Equador.
Neste encontro, Brandalize reforçou que as linhagens genéticas têm ajustado suas recomendações nutricionais de acordo com as necessidades da reprodutora moderna, especialmente falando dos níveis vitamínicos e microelementos minerais. “Diante da evolução genética, com aves produzindo mais ovos a cada ano, as empresas têm ajustado suas indicações para elevar a capacidade da matriz de transferir nutrientes para a progênie. Assim, podemos dizer que estas aves têm condições de produzir mais ovos e pintinhos de excelente qualidade. Contudo, vale reforçar, que trabalhar uma boa uniformidade de lote e um peso corporal dentro as recomendações das linhagens genéticas são fundamentais no resultado final”, disse.
O especialista ainda ressaltou, para os incubatórios, a importância de incubar ovos de diferentes linhagens em máquinas incubadoras diferentes. “Porque os embriões das diferentes linhas genéticas possuem metabolismos diferentes, assim a produção de calor destes embriões é diferente, principalmente na fase final de incubação”, alertou Brandalize durante a conferência.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe feed&food.
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