Nos cinco primeiros meses de 2022, devem ser exportados 43 milhões de toneladas de soja, uma queda de 14,5% frente ao ano passado, que teve uma exportação de 50 milhões de toneladas.
“A expectativa é que o Brasil exporte menos esse ano com relação a soja porque a China deve desacelerar as suas importações e isso reflete diretamente no volume aqui no Brasil”, explica o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri.
Em maio os embarques de soja do Brasil, maior produtor e exportador do grão, devem alcançar apenas 8 milhões de toneladas, o que representa 43% a menos do que foi exportado em maio de 2021, 14,2 milhões de toneladas. A estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) leva em consideração a programação de navios.
De acordo com o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, a China tem aumentado a cada ano os seus estoques de soja e por isso essa queda acaba sendo algo natural.
Em 2022 as exportações da oleaginosa começaram mais fortes em comparação ao ano passado. Entretanto, conforme as perdas na cultura em decorrência da estiagem ficaram mais evidentes, os embarques começaram a cair em março. “Até o mês de março, a gente vinha com um ritmo de exportação de soja bem interessante dentro da normalidade, até por conta do plantio dentro da janela ideal e da colheita também dentro da janela legal, então agora já vemos o comprador chinês um pouco mais desacelerado”, explica o analista Felipe Fabbri.
Para o restante do ano a expectativa é de um cenário mais comedido do que foi no ano passado, por conta dos problemas logísticos na China, que apresenta várias dificuldades com relação a embarque e desembarque de cargas no país de modo geral.
Fonte: Scot Consultoria, adaptado pela equipe feed&food.
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