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Expectativas positivas em meio aos desafios

ASBRAM NEWS é a coluna da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais
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Young bull grazes on the lawn. Front view.

Natalia Ponse

Apesar das dificuldades enfrentadas no primeiro semestre de 2024, a diretora Executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), Elizabeth Chagas, acredita em uma melhora significativa para o setor no final do ano e em 2025.

“Estamos em um ano relativamente difícil”, comenta a executiva, acrescentando: “Começamos o ano bem, aparentemente. Ainda trazia aquele resquício de 2023”. Ela ainda pontua que o volume de suplementos em junho superou os números de maio, quando comparados ao mesmo período do ano passado: “De menos 1,46% em maio, para 6,02% acima em junho”.

Dados que refletem a volatilidade do mercado de suplementação mineral na pecuária. No entanto, os índices do primeiro semestre de 2024 mostram um aumento de 1,18% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Ao olhar o primeiro semestre como um todo, identificamos um desvio padrão, então, estamos igual o ano passado – e isso já é uma coisa boa”, indica Elizabeth.

A diretora Executiva ressalta que as expectativas são otimistas, com uma previsão de melhora no último trimestre do ano. No entanto, aponta um desafio crítico: a falta de ureia, essencial para a suplementação mineral. 

“O produtor brasileiro, que é a Petrobras, parou de produzir. Existe todo um trabalho, por parte do governo federal, para que a Petrobras volte a produzir fertilizantes”, diz e protesta: “Não faz sentido. A gente não produz nada, e o pouco que produzimos, deixamos de produzir”.

A situação é agravada com a dificuldade na importação do produto. Uma das fábricas da Petrobras de ureia, que fica em Camaçari, foi arrendada pela Unigel, associado da Asbram. E a escassez do gás, insumo essencial para a produção de ureia, acaba por complicar o cenário.

“Produzimos um tipo de gás em conjunto com a Bolívia, mas, no fundo, eles são os donos. Então temos gás sim, mas não aquele de exploração fácil e barata, o que acaba por inviabilizar um pouco a produção de ureia”, explica Elizabeth.

A executiva lembra ainda: “Ureia é uma commodity. E estamos com uma certa dificuldade de retirar esse produto do porto em razão da ‘competição’ pelos navios de fertilizantes – o que acaba intensificando a crise, com filas e altos custos. Os navios de fertilizante vêm até outubro e em quantidade muito grande”, salienta.

Mesmo que a ureia agrícola esteja disponível em maior quantidade, Elizabeth esclarece que ela não pode ser uma substituta para a ureia pecuária. Por isso, reforça: é preciso pensar em outras soluções para superar esses desafios e manter o setor de suplementação mineral em crescimento. 

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