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Especialista elenca 5 pontos bilionários que o agro pode buscar fora daqui

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Luma Bonvino, da redação

luma@ciasullieditores.com.br

“Brasil, celeiro do mundo”. “A grande fazenda chamada Brasil”. “Player mundial na produção de alimentos”. Nada mais do que sabido que essas frases, há tempos, ecoam nos ouvidos do setor. São projeções somadas a projeções que indicam uma fórmula certeira: crescimento populacional + recursos disponíveis + produção de alimento para um mundo faminto = Brasil. Por isso, bater na tecla de que esse País é o protagonista dos próximos anos, quando o assunto é alimentação, é nada mais que um fato consolidado. Entretanto, muito se sabe sobre a missão nacional, mas pouco do que ele pode oferecer a nós, que habitamos no território sede dessa nova “revolução por comida”, ao mesmo tempo, que outros países do mundo também estarão nessa “briga”, especialmente os emergentes.

Os números se revelam animadores. Conforme mostra um levantamento realizado pelo especialista em Planejamento e Gestão Estratégica de Empresas Orientadas para o Mercado, Marcos Fava Neves, em 2025, vamos de 315 para 365 milhões de toneladas consumidas de carne no globo. Desse montante, isto é, novas 50 milhões de toneladas a serem produzidas – engordadas e abatidas – 83% da demanda será proveniente dos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que 75% das produções também, especialmente 56% na Ásia.

Nesse futuro próximo, num contador de nove anos para frente, o apelo será para 25 milhões de carne de frango, 8 milhões de carne bovina, 13 de carne suína e 3 de ovinos.

Os algarismos confirmam, mais uma vez, que das esperadas 9,4 bilhões de pessoas, 90% virá do crescimento em Ásia e África.

A análise do também professor da Universidade de São Paulo confirma o modelo “Boming Food Markets”, chamado de BoomFood, que descreve os elementos necessários para desenhar as características necessárias para um mercado de alimentos em expansão. Ele aponta: grandes populações, em crescimento e jovem; rápida urbanização; geração e distribuição de renda; recursos valiosos para exportação; falta de recursos produtivos; legislação favorável; incentivos ao biocombustível; canais de distribuição e logística; e moeda local valorizada.

Diretamente para os negócios (e negociadores), Fava Neves faz o caixa de quantos US$ bilhões o agronegócio pode buscar fora do Brasil até 2025:

  1. 38 milhões de toneladas de milho (US$ 160): US$ 6 bi/ano
  2. 700 mil toneladas de carne suína (US$ 2100): US$ 1,4 bi/ano
  3. 3 milhões de toneladas de carne de frango (US$ 1500):  US$ 4,5 bi/ano
  4. 40 milhões de toneladas de soja (US$ 500): US$ 20 bi/ano
  5. 2 milhões de toneladas de carne bovina (US$ 4000): US$ 8 bi/ano

“A pergunta que fica é quem vencerá a luta pela ocupação crescente de mercado. Para mim, a resposta está na análise de três vértices de megatendências, onde estão dispostos consumo, riscos e recursos”, orienta. Para o Brasil, a maior preocupação dentre os pontos e que pode ser controlada está nos recursos. “Nesse tópico temos 14 elementos, deles, eu tinha três preocupações, que se tornaram duas porque uma delas era mudança de política governamental. Sendo assim, o déficit fica com trabalho, pessoas e educação; e capital, que envolve crédito e seguro”, destaca.

Nesse embate de grandes demandas e grandes produtores, resta ficar atento às novas projeções para identificar onde o Brasil vai se estabelecer no mercado exportador.

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