Entre contínuas disputas comercias, exportação brasileira controla área
Entre as contínuas disputas comercias protagonizadas pelos Estados Unidos e China, a participação brasileira nas exportações mundiais de soja em grão aumentou e atualmente o País passa a controlar mais de 50% de toda a exportação do segmento.
Com o fim da atual safra internacional para o encerramento desse mês, o protagonismo brasileiro provavelmente se manterá em alta na próxima temporada. O cenário é confirmado por novas estimativas sobre a oferta e demanda de grãos, que foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
De acordo com os levantamentos de dados, os embarques brasileiros de soja alcançarão 76,9 milhões de toneladas ao fim desse ano, 51,8% do total. Para a China, suas importações dentro do segmento cairão de 94,1 milhões de toneladas para 83 milhões e os EUA, ainda recuará mais, de 37,9% para 31,2%.
Para a safra do próximo período, de 2019/20, o quadro não deverá mudar muito e o Brasil deverá exportar cerca de 76,5 milhões de toneladas (50,6%). E com a renovação da tensão entre Washington e Pequim, os EUA, cuja colheita deverá cair 19%, exportará cerca de 31,9%, assim, países como Argentina e Paraguai poderão ganhar pequenas fatias do mercado.
Se prevalecer o preço médio das exportações de soja em grão brasileiro em julho, os embarques previstos pelo USDA para o país em 2019/20 renderão US$ 27,3 bilhões. Mas para a semeadura, ainda não há projeções oficiais brasileiras, mas pelo fortalecimento da relação com a China, analistas preveem novo aumento.
Contudo, além de confirmar a consolidação do Brasil na liderança das exportações mundiais de soja em grão, o levantamento também apontou que o país está se firmando como um importante fornecedor de milho, mesmo que produza muito menos que os EUA (101 milhões de toneladas, contra 366,3 milhões), o País, sem problemas climáticos, tem condições de apresentar um excedente exportável, o que deverá se repetir no ciclo 2019/20.
Fonte: USDA, adaptado pela equipe feed&food.