Em 15 de agosto de 1974, Brasil e China iniciaram suas relações diplomáticas, que evoluíram ao longo das décadas até fazer da China o maior parceiro comercial do Brasil. Nesta quinta-feira (15), são celebrados 50 anos desse relacionamento diplomático.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a importância dessas relações sob a atual gestão do presidente Lula: “É determinação do presidente que retomemos as boas relações diplomáticas. Em 50 anos, tivemos muitas oportunidades comerciais com a China, que se tornou nosso maior parceiro. Estamos trabalhando para mais progressos bilaterais.”
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a cooperação entre Brasil e China está estruturada na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), criada em 2004. Em 2012, essa parceria foi elevada ao nível estratégico global, e em 2024, comemora-se o 20º aniversário da COSBAN.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões, um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Em 2023, as exportações atingiram um recorde de mais de US$ 60 bilhões, superando em US$ 9 bilhões os números de 2022.
No primeiro semestre de 2024, o Brasil exportou US$ 28,44 bilhões em produtos agrícolas para a China, sendo os principais itens soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.
Além das exportações, o Brasil também importou produtos da China, totalizando aproximadamente US$ 1,18 bilhão, com destaque para produtos florestais e têxteis.
Roberto Perosa, secretário da SCRI, ressaltou o impacto positivo dessas relações diplomáticas: “Sob a gestão do presidente Lula e do ministro Carlos Fávaro, alcançamos um patamar sem precedentes. As negociações comerciais robustas consolidaram a China como nosso principal parceiro estratégico no agronegócio.”
Um dos principais impulsionadores desse crescimento nas exportações foi a habilitação, em março de 2024, de 38 novas plantas frigoríficas brasileiras para o mercado chinês. O número de empresas autorizadas a exportar para a China aumentou de 106 para 144, incluindo 34 frigoríficos e 4 entrepostos comerciais.
O ministro Carlos Fávaro já realizou duas missões ministeriais à China. Em sua última visita, em junho de 2024, ele acompanhou o vice-presidente Geraldo Alckmin em uma comitiva que fechou um acordo para promover o café brasileiro na maior rede de cafeterias chinesa, com a previsão de compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café.
Para manter o diálogo e as boas relações comerciais, a China é atualmente o único país que conta com dois postos de adidos agrícolas brasileiros em Pequim, reforçando a presença do Brasil no mercado chinês.
Perosa ainda destacou que o diálogo contínuo com a China permite avanços significativos, como a expansão das exportações de produtos-chave, fortalecendo o papel do Brasil no cenário global.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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