Patrícia Bragante | patricia@cd7comunica.com.br
Após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmar um foco da doença de Newcastle (DNC) em uma fazenda de avicultura de corte em Anta Gorda no Rio Grande do Sul, uma coletiva de imprensa foi promovida pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em conjunto com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav).
Na ocasião, realizada na tarde desta sexta-feira (19), o presidente da ABPA, Ricardo Santin, ao lado do presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos, esclareceu que o caso isolado não representa um risco para a população, destacando que a doença não é transmitida através da carne.
Projetando o pior dos cenários com impacto inicial nas exportações entre 50 a 60 mil toneladas, equivalentes a 5% da produção nacional, Santin afirmou que o setor está preparado para redirecionar a produção para outros mercados, como Ásia e América do Sul, caso seja necessário.
Durante a coletiva, o presidente da ABPA também destacou os possíveis impactos econômicos, mencionando que produtos como pés e patas, representam a maior parte do volume total, podendo ser direcionados facilmente para mercados que têm demanda por esses itens específicos.
“No Rio Grande do Sul, não há risco de desabastecimento, independentemente de qualquer cenário, mesmo uma epidemia que poderia afetar o fornecimento para nossa população. O estado possui uma participação crucial na produção e exportação do Brasil, com números bastante favoráveis que sustentam essa estabilidade”, avaliou Santin.
O presidente da Asgav, por sua vez, ressaltou a mobilização do setor para conter a propagação, seguindo rigorosos protocolos de segurança e cooperação com autoridades sanitárias.
A fazenda foi interditada, com eliminação de todas as aves e desinfecção do local conforme o Plano de Contingência. Uma investigação epidemiológica segue em andamento em um raio de 10km, sob supervisão da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi).
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