A tecnologia faz parte do desenvolvimento da agropecuária, e isso não é novidade. No entanto, como um bom empresário, o produtor precisa estar atento às soluções que podem proporcionar ao seu negócio a máxima eficiência possível.
E uma dessas ferramentas foi tema de um comunicado técnico da Embrapa Aves e Suínos, chamado de “Efeito da alimentação à vontade ou controlada nas fases de crescimento e terminação de suínos”.
As informações contidas no comunicado são resultado de uma pesquisa que demonstra a eficiência do sistema de alimentação controlada. De acordo com os dados, foi possível economizar 6,9 kg de ração ou aproximadamente R$ 14,00 por suíno produzido.
“Considerando um produtor com uma instalação com capacidade de alojar mil suínos e fazendo três lotes por ano, o resultado é uma economia de 20,7 toneladas de ração anualmente, o que equivale a mais de R$ 40 mil por ano por granja. Considerando-se a suinocultura brasileira como um todo (55 milhões de animais/ano), esse ganho anual seria de cerca de R$ 1 bilhão”, define o relatório.
Segundo o pesquisador da Embrapa Aves e Suínos, Osmar Dalla Costa, diante dos resultados obtidos neste experimento, ao utilizar o sistema de alimentação por robô, recomenda-se alimentar os suínos nas fases de crescimento e terminação com alimentação controlada (robôs), implicando em melhor conversão alimentar e economia significativa de ração.
“Os benefícios apontados na pesquisa resumidamente são melhor desempenho dos aninais com trato controlado, melhor gestão de recursos com economia de ração e maior retorno financeiro e maior adaptação de tecnologia a granjas existentes, levando a suinocultura de precisão a todos os suinocultores. Como ganhos indiretos, podemos considerar a melhoria das boas práticas animais, melhor gestão das propriedades e redução no impacto ambiental”, divulga o relatório.
A Roboagro é uma dessas empresas que fornece esse tipo de equipamento. O CEO, Giovani Molin, reforça que a alimentação dos suínos pode representar até 80% do custo de produção dos suínos.
Ele conta que esse fator é mais evidente nas fases de crescimento e terminação, onde o consumo de ração é maior. “A indústria produtora de suínos juntamente com os técnicos, pesquisadores e a indústria de fornecimento de rações, têm trabalhado intensivamente na busca de procedimentos que possam melhorar os índices de produtividade dos suínos nestas fases de produção”, diz.
Giovani acredita que, quebrando um tabu na suinocultura mundial, essa pesquisa coloca a nutrição controlada dos animais como uma nova referência para suinocultura de precisão.
A comparação do fornecimento de ração controlada em comedouros do tipo “à vontade”, aplicando uma tabela padronizada com curva de consumo, definida pela integradora e abastecida por um robô alimentador de animais; ao fornecimento de ração à vontade, em comedouro tipo tulha, com ração sempre disponível, traz uma nova perspectiva de resultados e de sustentabilidade financeira para agroindústrias em toda cadeia produtiva no Brasil e no mundo.
“Tínhamos muitas demandas e questionamento do setor para levar os benefícios do Roboagro para granjas com comedouros do tipo à vontade já que estavam sendo aplicados em larga escala em granjas com comedouro linear. E como em todo novo desenvolvimento, a empresa adota da ciência para validar a tecnologia. Dessa vez, desenvolvemos essa solução com a Embrapa para poder levar as ferramentas da suinocultura de precisão para essas granjas que não são possíveis adaptar para o sistema de comedouro linear”, esclarece o CEO.
Fonte: Roboagro, adaptado pela equipe FeedFood.
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