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Agronegócio sem gestão é apenas “agro”

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Natália Ponse, da redação

natalia@ciasullieditores.com.br

Vindo de um período conturbado política e economicamente, o Brasil encontrou em um setor o porto-seguro de sua economia: o agronegócio. Envolvendo as áreas de proteína animal, grãos e tantas outras, o País conseguiu manter-se ao menos equilibrado diante de turbulências recorrentes. Para que o setor se fortalecesse e para que continue despontando com destaque, a qualificação de mão de obra é fundamental.

“Não adianta investir em tecnologia, genética, maquinário e nutrição se a fazenda não possuir uma equipe que saiba lidar com tudo isso. O investimento passa a ser prejuízo quando não utilizado da maneira correta”, define a zootecnista da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon, Goiânia/GO), Juliane Gomes. É de fundamental importância que este profissional compreenda todo o processo do qual faz parte, independente da posição que atue. Ainda de acordo com Gomes, a crescente modernização do segmento requer profissionais que saibam trabalhar com essa tecnologia.

A coordenadora do curso de zootecnia das Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU, Uberaba/MG), Juliana Jorge Paschoal (foto lateral), aponta as principais características o egresso desta área: é preciso que este tenha sólida formação de conhecimentos científicos e tecnológicos no campo da Zootecnia, dotada de consciência ética, política, humanista, com visão crítica e global da conjuntura econômica social, política, ambiental e cultural da região onde atua, no Brasil ou no mundo; capacidade de comunicação e integração com os vários agentes que compõem os complexos agroindustriais; raciocínio lógico, interpretativo e analítico para identificar e solucionar problemas; capacidade para atuar em diferentes contextos, promovendo o desenvolvimento, bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos e comunidades; e compreensão da necessidade do contínuo aprimoramento de suas competências e habilidades profissionais.

Além desta, as áreas ligadas ao agronegócio envolvem a administração rural, a fim de coordenar, planejar e organizar propriedades rurais de pequeno, médio e grande portes, cuidando da gestão de pessoas, dos custos da produção e do contato com fornecedores e clientes; planejamento de produção, para definir com o agrônomo os tipos e como será feita a plantação em cada safra, os custos e o preço final do produto; cultivo e produção, para cuidar de plantações e do manejo de animais em fazendas; o desenvolvimento de produtos, como defensivos agrícolas, novas sementes, insumos e outros que visem otimizar a produção; vendas, atuando em grandes indústrias comercializando equipamentos e insumos ao setor agropecuário; além da consultoria, a fim de prestar assessoria a órgãos públicos e privados na gestão do agronegócio, definindo estratégias de produção e estudos de aproveitamento do solo e dos alimentos.

Existe também alta carência estratégica, no caso do profissional de agronegócio, em grandes fábricas e corporações, donas de marcas de produtos agropecuários, em fazendas, em centros produtores, institutos de pesquisas científicas e tecnológicas na área, em instituições de ensino superior como pesquisador ou professor universitário ou como consultor de agronegócios. “Vários autores costumam ilustrar que o Agronegócio sem a gestão é só Agro, sem Negócio. O profissional do Agronegócio é responsável pelo gerenciamento do processo produtivo agropecuário e na gestão de projetos”, complementa o coordenador deste curso na FAZU, Guilherme Salge Roldão.

O mercado de trabalho para esse profissional de Agronegócio é amplo, sendo que o Brasil é um país de economia muito baseada nos produtos primários, na produção de alimentos e energia. Na próxima matéria da série “Ensino agro”, confira quais as instituições que proporcionam cursos para o setor. 

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